DICAS DA SEMANA

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Desfazendo os nós, criando laços!


Muitas vezes fico intrigada com certas frases de impacto que as pessoas postam nas redes sociais aí fico "matutando, matutando" até que... isso vira um texto e... difícil não compartilhar com vocês pra depois vocês comentarem e curtirem, né? (risos)






Você já ouviu falar em "nós de amizade", "nós de amor" ou "nós matrimoniais"? eu também não. Usamos expressões como "laços de amizade",  "laços de amor" e "laços matrimoniais", por que será?

Bem, primeiro vamos pensar na utilidade dos laços. Para que eles servem?
Os laços enfeitam presentes; amarram os sapatos e tênis; são usados em inaugurações e nos cabelos... Eles são úteis para muita coisa e cada um é mais lindo que o outro... São fáceis de desmanchar e prazerosos de se fazer e quando alguém o desfaz no caso dos presentes se depara com uma bela surpresa que alguém com carinho lhe deu.
Os nós também têm utilidade, mas só os marinheiros têm propriedade nesse assunto e são feitos exatamente para não desatarem. Dão trabalho pra fazer e desfazer!

As nossas relações, sejam elas quais forem, precisam da beleza, da leveza e da fluência dos laços; eles nos unem a alguém de forma livre, suave e sadia. Ninguém que ama verdadeiramente outrem o prende com nós:
Nosso Deus nos ama; nossa relação com Ele é baseada em laços de amor tanto que nos dá livre arbítrio para escolhermos amá-Lo ou não...
Nossos pais nos amam; nossa relação com eles se dá por laços eternos que são afrouxados quando nos unimos à nossa alma gêmea em laços matrimoniais...
Nossos amigos nos amam; nossa relação é baseada nos laços de amizade que não nos prendem, mas nos dão liberdade para formar novos laços com outros amigos...
Se amamos alguém, nossa intenção não é prendê-lo a nós, mas criar laços de companheirismo que nos dão mobilidade de fazer e desfazer com facilidade e por isso nos sentimos à vontade e felizes por estar ligado a ele.    


É por esse motivo que prefiro nunca atar nós, eles nos prendem; prefiro os laços, pois nos unem de forma livre, suave e sadia; sua mobilidade demonstra o verdadeiro amor que sentimos. 








quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Professor - maestro do saber!



Desde que o mundo é mundo, a música já existia em suas diversas formas. Crente da Teoria da Evolução ou da Criação, você vai concordar que num "Bum" tocado pelo Big-Ben ou na musicalidade da palavra proferida por Deus, o universo foi criado.

Ensinar é assim, uma maneira de musicalizar o saber. 
Gerenciar informações, conhecimentos e saberes a fim de que os alunos façam bom uso desses instrumentos para "tocar a vida" e tocar na vida...
Ensinar é uma arte; uma música que vale a pena ouvir, sempre!
Se vocês acham isso utópico, vou continuar regendo a utopia, até que se torne realidade, pois me considero um dos maestros do saber.


PROFESSOR


MAESTRO DO SABER


  

Muito material e pesquisa de qualidade têm-se produzido no país em todos os ramos da ciência; é portanto o momento de proclamarmos uma educação para o pensar, um ensino voltado para o coletivo e o individual e deixarmos de sustentar uma educação retrógrada e ineficiente que aceite “dinossauros” dirigindo aviões e "homens das cavernas" ditando as regras num mundo totalmente globalizado.
Precisamos “acordar” usando todos os acordes que temos nas mãos, pois estamos em um novo século, na era da tecnologia movimentada por humanos com capacidade de inovação e liderança, que administram bem seu espaço e conseguem enxergar além das quatro paredes dele.
Conduzir a orquestra do saber é caminhar numa estrada de mão-dupla: ensina-se e aprende-se ao mesmo tempo; reconhecendo no coletivo a individualidade do ser; comunicando para todos e para cada um... 
Tudo isso somado ao amor certamente nos levarão a um ensino melhor de valorização e respeito mútuo; a música mais bela que se pode tocar...

A nós, educadores, cabe despertar e motivar o espírito empreendedor do aluno, pois lidar com tantos instrumentos e músicos, todos diferentes e com funções definidas, é maravilhoso , mas complexo! 
Precisamos continuar acreditando na Educação como libertadora da alma, como meio de crescimento e força, conduzindo essa orquestra em que todos têm uma finalidade - tocar a música da vida num aprendizado constante.
Essa música vale a pena ouvir, seeeeeeeeeempre!
Estou tocando...




domingo, 12 de outubro de 2014

Saudade - os efeitos dessa palavra em nós


É interessante o efeito de uma palavra em nós.
A saudade é um bom exemplo disso, quando a pronunciamos, um filme passa em nossa mente e aí... haja força para encarar a realidade que ela carrega e a conotação por ela imposta.
Estive pensativa tentando escrever algo sobre ela, pois desde que perdi minha mãezinha, ela passou a ser parte integrante da minha vida e analisando o que já se falou sobre a mesma, creio que a música do Chico Buarque - Pedaço de Mim - é perfeita e poderia registrá-la aqui e tudo estaria dito, mas... como escritora compulsiva não me contive e... deixei meu recado.

  

            SAUDADE
         OS EFEITOS DESSA PALAVRA EM NÓS
           

Embora muito se escreva sobre elas, há palavras intraduzíveis.
Podemos falar muita coisa a seu respeito, mas ainda assim continuam tão nebulosas e enigmáticas... Há muito mistérios à sua volta e se difícil é traduzir, pior ainda falar dos seus efeitos em nós.
A SAUDADE é algo que arde no peito e inebria nossa mente. Ela causa tantos efeitos que nos assusta. É ímpar e o interessante é que é mesmo "intraduzível", pois não há tradução dela em outras línguas. Essa palavra é expressa por meio de termos similares que na sua maioria designam "falta":

echar de menos - em espanhol
have missed - em inglês
manquer - em francês
perdere - em italiano

E assim, a saudade nos faz refletir erros e acertos com a parte que nos falta. 
Ela nos lava os olhos, salga-nos a boca e faz doer o coração... o tempo não a desfaz, só a intensifica e se há uma coisa perpétua nessa vida se chama SAUDADE! 

E tenho dito... 




PEDAÇO DE MIM
                                       (Chico Buarque)

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus








sábado, 4 de outubro de 2014

Poetizando a vida




Hoje meu lado poético soou ainda cedo quando procurava inspiração para abastecer o nosso blog. 

Vou transcrever aqui o poema que define exatamente o que um poeta é na voz do grande Fernando Pessoa e deixar um pouco de mim em homenagem ao nosso dia...

Antes, porém, gostaria de parabenizar a todos que escrevem a vida em forma de poesia. Que vocês continuem fazendo da dor, da alegria... e de tantos outros sentimentos, canções sem instrumentos musicais com a musicalidade da alma oriunda de palavras elaboradas pelas mãos poéticas de vocês.     






DIA DO POETA


Autopsicografia
                             Fernando Pessoa

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.



Canto 
  Nos quatro CANTOs
Um CANTO
Envolvente
Delicado
Viril

Um ENCANTO
Embalo de ondas sonoras
Em partitura qualquer

Cantilena,
Cântico canoro
Poesia lírica aos teus ouvidos
Cantochão

Não importa a cantoria
Quero cantar pra te encantar
Ainda que seja
Canção de ninar

EU CANTO
E TU me (en)CANTAS!



                                                                                                Esther Braga













sexta-feira, 3 de outubro de 2014

E agora José?! - parte III



Já estava na hora de concluir esta série.
Vamos a ela...

Nos dois primeiros artigos, observamos o comportamento de um homem injustiçado: José do Egito foi vendido como escravo e logo depois foi parar numa cadeia. Sua conduta foi impecável até esse momento, mas... e agora José? Como você agirá diante de tanto poder?! 



DE ESCRAVO E PRISIONEIRO A GOVERNADOR... 
E AGORA, JOSÉ?


Vimos que a tempestade é apenas uma ponte para alcançarmos a bonança e com ela aprendermos grandes lições na vida. Assim, situações difíceis e adversas geralmente são bênçãos disfarçadas. 
José viveu bem isso, e tudo lhe foi revelado por meio de sonhos[1].
Foi maltratado e vendido pelos próprios irmãos e injustiçado na casa do seu senhor; tinha todos os motivos para maldizer sua vida e ir atrás de vingança.

E AGORA, JOSÉ?
És governador do Egito e estás diante daqueles que te venderam, dos que tiraram a tua liberdade e o teu direito de viver com tua família e teu povo? Não vais "dar o troco"?

José era agora a segunda pessoa mais importante do Egito; poderia dispor de recursos para punir os que lhe fizeram mal, porém, ao invés de "fazer justiça", manteve-se reto e temente; sua postura não mudou nem diante de Deus e nem diante dos seus semelhantes.
A integridade continuou fazendo parte do seu caráter. Perdoou seus entes queridos e todos os seus opressores, pois tinha consciência de que ele foi apenas um instrumento nas mãos de Deus para preservação do Seu povo, e o perdão foi uma forma de demonstrar isso.
Com ele, aprendemos a enxergar “a bênção disfarçada” e darmos graça em tudo.


"Nas situações mais inusitadas, 
somos a bênção que Deus usa para salvar vidas"


Sua história demonstra conduta irrepreensível como escravo, prisioneiro e governador. 
Ele passou pelas provações, aceitando os planos de Deus sabendo que, como no velho adágio popular “Deus escreve certo por linhas tortas”?

E abrimos uns parênteses aqui para comentar esse ditado: acreditamos ser nossa visão limitada, conceituamos a escrita dEle como torta, mas o Todo-Poderoso não vê como vê o Homem; Ele não escreve como escreve o Homem por isso criamos essa definição de Suas atitudes, mas Sua escrita é perfeita, como tudo que faz.

José manteve-se íntegro como escravo, prisioneiro e como governador. O poder não lhe subiu à cabeça...


E AGORA, LEITOR?!!! Qual será sua atitude se passar por umas dessas situações?















[1] Gêneses