Perdão – a fórmula que enriquece o espírito
Parte
III
A gênese do perdão
O perdão “se fez carne” – Jesus, nosso antídoto
Quando
Deus criou o mundo, Ele o fez perfeito[1],
todavia, nem todos ficaram satisfeitos com o resultado. Ao ver a obra-prima dEle
enfeitando o jardim plantado no centro da criação maior, alguém tratou logo de
destilar seu veneno pra testar a “perfeição de Deus”, a força (e/ou fraqueza)
do ser humano e o seu poder de sedução e de persuasão.
O
uso da figura de uma serpente foi bastante oportuno para representar a astúcia,
a rapidez no golpe, a mira certeira e o veneno letal daquele ser que não louvou o trabalho da criação[2].
Com a arma nas mãos (ou na língua), pensou em “matar” a humanidade
neutralizando os "pais" dela.
Sua
intenção era além-Éden, queria atingir o futuro, comprometendo o resto
da semente. Acreditava que no momento em que seu veneno penetrasse no coração de
Adão e de Eva, esse órgão se encarregaria de espalhá-lo, por meio do sangue,
para todo o corpo (e todo corpo).
O
veneno entrou pela boca do Homem e o contaminou, matando sua dignidade e levando a humanidade e a Terra a mudarem a essência dada na
criação[3];
se não fosse o plano redentor de Cristo - via PERDÃO pelo sangue - não haveria
retorno a essa essência.
Com a dose letal, nada mais era como antes, o veneno se espalhou: os olhos se abriram; a boca pecou; a mente se deturpou; e o corpo e o espírito foram “condenados” à morte[4].
Com a dose letal, nada mais era como antes, o veneno se espalhou: os olhos se abriram; a boca pecou; a mente se deturpou; e o corpo e o espírito foram “condenados” à morte[4].
Mas o que fazer diante de tamanha falta?
Não
houve como evitar a contaminação a toda descendência de Adão, por isso o perdão
“se fez carne” e o Homem já não precisaria imolar um animal e usar sangue dele
como remédio inúmeras vezes[5].
Deus
enviou o único antídoto capaz de neutralizar, de uma vez por todas, o veneno da
serpente. Esse “soro antiofídico”, preparado pelo Criador e vindo dos céus, seria usado pela humanidade
em dose única, não havendo necessidade de gotas constantes de “soro caseiro”[6],
pois o sangue do Cordeiro livrou a todos da morte e lhes deu vida
eterna...
Que
maravilhoso perdão o de Deus[7]!
No próximo artigo, estaremos contando um pouco da história do perdão e dessa
ação no Pai Nosso para chegar à fórmula. Não perca a parte IV, findando (não
concluindo, pois há muito mais sobre o perdão do que pensa a nossa vã
filosofia) esta série de considerações acerca do perdão.
Aguardo vocês!
[1] Gênesis 1.10, 12, 21, 25 e 31.
[3] Gênesis 3. 14-20
[5] Levítico 19. 22; Números 15. 25.
[6] Levítico 4. 20.