Trabalho
com EDUCAÇÃO há mais de trinta anos e é obvio que ela sofreu diversas mudanças
(tanto para melhor quanto para pior) e por ter tantos amigos educadores fazendo
aniversário no MÊS DE SETEMBRO, resolvi homenagear a todos com uma reflexão à Savater
(ainda lendo sua obra): precisamos repensar
O PAPEL DA FAMÍLIA NA
SOCIALIZAÇÃO PRIMÁRIA...
Fonte:
http://www.saopedrogramado.com.br/2165-2/
“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer
não se desviará dele” (Provérbios 22.6)
Os estudiosos consideram o processo de aprendizagem pelo
qual a criança passa antes de entrar na escola como socialização primária; nela
os responsáveis por esse ser o educam mostrando a ele o caminho em que deve
andar: valores, crenças, preceitos, comportamentos, limites... esses indicadores de caráter os quais acreditam serem o melhor para seus filhos.
Acontece que os afazeres de um mundo globalizado e
conectado contribuíram ainda mais para que a família delegue a outros,
principalmente à escola, o que cabe a ela fazer, porém se os entes dos
pequeninos deixarem de cumprir seu papel ou se o fizerem com negligência, a educação
recebida na escola corre um sério risco de não fazer mais efeito na vida desse aprendente.
Se a socialização primária tiver se
realizado de modo satisfatório, a socialização secundária será muito mais
frutífera, pois terá uma base sólida sobre a qual assentar seus ensinamentos;
caso contrário, os professores ou companheiros deverão perder muito tempo
polindo e civilizando (ou seja, tornando apto para a vida civil) quem deveria
estar “pronto” para aprendizados
menos elementares (grifo nosso)[1].
A vida toda necessitamos de REFERENCIAIS, sobretudo na infância,
no entanto os exemplos são cada vez mais escassos e assim seguimos confusos e sem
norte, carentes de afetividade (outro ponto crucial no aprendizado em família)
e de modelos, lançados à própria sorte num mundo complexo, complicado,
relativizado, problemático e impetuoso.
Se os pais (e/ou responsáveis) não ajudam os filhos, com sua autoridade amorosa, a crescer e a se preparar
para serem adultos, as instituições públicas se verão obrigadas a lhes impor o
princípio de realidade, não com afeto, mas à força (grifo nosso)[2].
Precisamos ensinar nossas crianças a serem HUMANOS...
Há urgência
em se EDUCAR...
FAMÍLIA educa!!!
Meus amigos aniversariantes do mês de setembro,
Conheço o proceder
de vocês no que se refere ao esforço que fizeram (ou fazem) para educar seus filhos
(alguns ainda ensaiam essa “dança”), mas peçam sabedoria divina, o sábio Salomão
enumera diversos conselhos, dentre eles um que nos revela como espelho para eles, ensinando o caminho a ser seguido. Vamos irradiar o amor, o exemplo, a humanidade...
Este é meu presente pra
vocês, parabéns!
[1] SAVATER, Fernando. O valor de educar. Tradução Monica
Stahel. 2. ed. São Paulo: Palneta, 2012, p. 56.
[2] Ibidem, p. 64.