Série “Maria: Mulher, Mãe e Missionária”
Olá. Este é o segundo texto da Série
sobre Maria, mãe de Jesus... Hoje é um texto especialíssimo, porque falaremos
do papel mais importante que ela desempenhou – o de ser MÃE. Vamos então de
Maria: Mulher, Mãe e Missionária
“Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque
achaste graça diante de Deus e eis que em
teu ventre conceberás e darás à luz um filho e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este
será grande e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono
de Davi, seu pai e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá
fim” Lucas 1.30-33 (grifo nosso).
Como vimos
no texto anterior, Maria foi escolhida por Deus e estava ao mesmo tempo assustada
e maravilhada, pela possibilidade de ver a chegada do Reino de Deus e por ser
peça-chave nisso – a salvação viria do seu ventre.
Apesar de muito jovem, mostrou-se sábia e submissa
à vontade de Deus e em nenhum momento se ensoberbeceu, pois a LUZ que abrigava
em seu ventre é que mereceria toda honra e toda a glória.
Não se preocupou com o escândalo que poderia
ser, pela censura, reprovação e/ou preconceito que sofreria... enfim, nada
disso era maior do que cumprir a missão a qual lhe foi destinada, afinal, ela
daria a LUZ ao mundo. Sua convicção nas Escrituras, o fato de conhecer o caráter
do seu noivo José... tudo isso somado ao temor a Deus e à sensibilidade ao
Espírito Santo a fez entender o que estava acontecendo – as profecias que
apontavam o Cordeiro que tiraria o pecado do mundo estava se cumprindo ali e ela
seria a mãe do Salvador.
Maria considerou as profecias de Isaías: “Portanto o mesmo Senhor vos
dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o
seu nome Emanuel” (Is 7.14) e de Miqueias: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti
me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos,
desde os dias da eternidade” (Mq 5.2). Ela sabia que as profecias se cumpririam e que não seria mãe solo,
que não seria apedrejada, que José estaria ao seu lado... e o mais importante que
Deus e o Divino Espírito Santo estariam com eles o todo tempo – era um plano
perfeito.
A Bíblia não relata sua infância e adolescência
com detalhes, mas vimos que tudo se deu conforme os desígnios de Deus, porque “todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas [...] E
crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” (Lc
2.47-52).
Certamente, sempre que Maria esmoreceria como
mãe que se preocupa com seus filhos, ela se lembrava da palavra do anjo que
dizia “Não temas, o Senhor é contigo” e se
fortalecia em Deus. De toda maneira, como era difícil pra essa mãe pensar no
futuro do seu filho e saber o que ele passaria; nesse momento, as dores do
parto ficaram pequenas diante da dor que sentiria, pois nenhuma mãe quer ver
seu filho sofrer.
Para o alento dessa mãe, lá na cruz, quando
sua dor era quase insuportável, com ternura e amor, parafraseando o que disse,
ele a conforta: “‘Mamãe, aí está o filho que a vai ampará-la na minha
partida’. Virando-se para o discípulo amado que estava com ela disse-lhe: ‘Filho,
aí está sua mãe, cuide bem dela!’ E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” Jo 19.26-27.
Jesus deixou sua mãe amparada e nos deixou o Consolador até que
retorne para nos fazer herdeiros do Seu Reino onde nenhuma mãe, nenhuma mulher,
nenhum filho, nenhum servo Seu e nem ninguém mais sofrerá morte, dor,
injustiça... Ela amou Sua mãe e a humanidade inteira e se entregou por nós.
Como bem disse Maria: “todas as gerações
me chamarão bem-aventurada” Lc 146-48.