EFÊMERAS
QUEM É AUTORA DE EFÊMERAS?
Sou cabocla cabana de Cametá (PA). Nasci embalada pelo
canto do Siriá e engordada pelo caldo de mapará, mas poucas lembranças tenho
dessa infância, porque minha família não firmou raízes no Camutá-tapera; criei-me
à sombra das mangueiras, comendo manga no pé... na amada Belém do Grão Pará. Ainda
menina, cultivei o prazer pela leitura e pela escritura (como prefiro dizer): produzia
diários, poemas, contos, crônicas, peças teatrais (onde também atuava). Tanto no
1° quanto no 2º grau (como eram chamadas essas etapas de ensino), sempre fiz
parte de eventos literários e culturais: festivais de dança, saraus, shows de
talentos, teatro... e fui escrevendo a vida como se narra um romance polifônico
de muitas “eu”: menina, mulher, artista, arteira, religiosa, profissional, filha,
irmã, esposa, amiga... Tornei-me eclética na produção literária e essa minha aptidão
me levou ao curso de Letras da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde, anos
mais tarde, tornei-me mestra. Em
2010, fui ganhadora do Prêmio Dalcídio Jurandir de Literatura (categoria
Crônicas) pelo CENTUR com a obra “Diário de Letícia – o dia a dia de uma
solteirona solitária”, apresentada ao público no evento “A noite é uma palavra”.
Participei ainda da “XVII Feira Pan-Amazônica do Livro”, do “Marajó em Cena”,
dentre outros. Em 2014, fiz parte de duas coletâneas de poemas: “Antologia Eco Poético”
(ICEN) e “Poeta – mostra a tua cara” (v. 11). Recentemente, lancei, pela Editora
da Imprensa Oficial do Estado, a “autobiografia” do amigo pioneiro da Igreja da
Promessa na Região Norte, sendo a organizadora dessa obra intitulada “Um homem,
um caminho – a história da vida de Manoel Santana Lopes” (2022). Também possuo
um blog onde extravaso emoções e sentimentos das multivozes de mim: cronista,
poetisa, contista... uma artista. Trago na bagagem uma pena com a qual escrevo ficção
com um pé na realidade.