DICAS DA SEMANA

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Uma grande lição



ECOS DA ETERNIDADE

texto VI


Certa manhã de sábado estava na igreja e alguém comentou sobre uma das parábolas mais fascinantes da Bíblia Sagrada. Resolvi então usá-la para homenagear meus amados ANIVERSARIANTES DE SETEMBRO e OUTUBRO porque, ao refleti sobre ela


Aprendi uma grande lição



“Num dia ensolarado e fatigante, saí de Jerusalém rumo a Jericó para resolver umas questões pessoais, assim, levei uma boa quantia em dinheiro e proventos para me manter, pois não sabia quanto tempo demoraria por lá.

Como todos sabem, a estrada entre essas cidades fica num vale rochoso e perigosíssimo, um local propício para os salteadores atacarem sem nenhuma resistência; apesar de receoso, minha ida a Jericó era necessária e urgente e parti logo após ter feito minha oração prostrado e com as mãos estendidas em direção ao templo.

No meio do caminho, fui bruscamente atacado por ladrões; não sei ao certo se eram dois ou três, nem percebi quando se aproximaram, arrancando-me as roupas, levando meu alforje com o dinheiro e toda a minha provisão da viagem. Com o intuito de que não os denunciasse, espancaram-me até que acreditassem que eu jazia morto, e se foram.

Eu parecia realmente um moribundo; estava muito ferido, mas vivo. Agradeci a Deus por tudo que tinha me dado até o momento e aguardava o meu descanso eterno quando percebi que vinha um sacerdote em minha direção; pensei comigo: Obrigado, Pai, estou salvo, enviaste uma autoridade divina para me socorrer!

Quando ele me viu, tentei com todas as minhas forças pedi ajuda e esboçar uma reação mostrando que ainda estava vivo, no entanto só o que via era uma imagem turva que ao invés de continuar vindo ao meu encontro se afastava cada vez mais até sumir na estrada.

Voltei-me para Deus e já estava conformado da minha sorte quando se aproximou de mim um levita; meu coração bateu mais forte na esperança de ser acudido por aquele a quem Deus era herança, mas ele também ao me ver naquele estado, julgou-me morto e partiu sem me prestar auxílio.

Nesse momento, meus olhos se fecharam de dor, cansaço e por todos os hematomas que os consumia; meu corpo dormente e quase inerte sentia a vida se esvair aos poucos e estava consciente de que era a hora de dizer adeus ao mundo e aguardar o dia da volta do meu Cristo.

Porém, Deus teve compaixão daquele velho corpo ferido e esgotado; olhou para mim com Seu olhar de amor e enviou uma pessoa de bom coração que me pudesse salvar provavelmente um dos Seus servos fiéis e piedosos. Não o pude ver, pois quando se aproximou meus olhos já estavam cerrados, e com exaustão, a única coisa que lembro após isso é que desmaiei nos seus braços.  

Soube pelo hospedeiro, quando finalmente acordei, que o homem que havia atado minhas feridas deitando nelas azeite e vinho e que tinha pago todas as minhas despesas naquela hospedaria, era um samaritano.

Ao saber disso, minha carne estremeceu de temor e tremor: Como pudemos ser tão rudes com esses irmãos? Como os tratamos como se não fossem gente? Como éramos tão desumanos a ponto de odiar esse próximo? Enfim... Senti-me envergonhado e arrependido pedi perdão a Deus e intercedi pela vida de todos os samaritanos da Terra.

Nesse dia, aprendi a maior lição da minha vida e agradeci a Deus por me fazer enxergar que todos somos iguais perante Ele, que jamais devemos fazer acepção de pessoas e que a atitude daquele homem é verdadeiramente amar o próximo como a si mesmo”.





Feliz aniversário, amigos!!!





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Referência: Lucas 10.25-37.