Voltando à inocência

A infância é uma fase linda em que cremos piamente em muitas coisas, inclusive nas fantasias criadas pelos adultos e por nós. Isso é bom, pois nos protege de um mundo de adultos que se vivido antes da fase nos causa sérios danos. 

No nosso relacionamento com o Pai é imprescindível ser como uma criança, Cristo mesmo afirmou que "quem não se tornar como uma criança, não entrará no reino dos céus"[1], uma vez que carregados da malícia adulta, é-nos impossível entender e contemplar a plenitude de Deus.

... voltando à inocência!

A independência é um anseio nosso nos mais tenros anos: almejamos ser livres; ser "donos do nosso nariz"; e fazer o que nos der vontade, sem cobranças, sem interferências... isso porque não entendemos que ser criança é algo divino e que é nessa fase da vida que somos mais parecidos com o nosso Criador.

Quando pequeninos confiamos nas pessoas, não temos malícia e nos sentimos seguros perto daqueles que amamos sem nenhuma preocupação com o que havemos de beber, comer e vestir. 
Nosso grau de dependência e de inocência nos faz crédulos.
Certamente é maravilhoso ter os cuidados dos pais e familiares, o carinho das pessoas ao nosso redor sempre prontas a nos levantar no mais simples "tropeço", ser "paparicados" e receber toda a atenção para o nosso crescimento sadio e ver até mesmo estranhos se "desmancharem" com o nosso sorriso. Mas temos ansiedade de crescer... e crescer logo!
Aí, quando crescemos nos deparamos com esse mundo do jeito que é... só que o retorno físico é irreversível!

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Somente no âmbito espiritual podemos retornar a esse estado inicial; portanto nos esforcemos a voltar à inocência para nos deixar conduzir pelas mãos do Pai Eterno. O crescer tem seu lado bom; a maturidade é necessária, porém a fase adulta traz consigo a independência e ela faz com que "nos achemos demais" e nos afastemos daquele em quem realmente devemos confiar.

Meditemos nisso!!!   

Quero Ser Como Criança

                      David Quinlan

Quero ser como criança

Te amar pelo que és

Voltar à inocência

E acreditar em Ti

Mas às vezes sou levado

Pela vontade de crescer

Torno-me independente

E deixo de simplesmente crer

Não posso viver longe do teu amor, Senhor

Não posso viver longe do teu afago, Senhor

Não posso viver longe do teu abraço, Senhor

Abraça-me , abraça-me , abraça-me, senhor

Com Teus braços de amor

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[1] Mateus 18.3