DICAS DA SEMANA

terça-feira, 25 de agosto de 2015

No barco da Enfermagem

Dia 20 de Agosto, nossa igreja foi palco de mais um culto em ação de graça pela Colação de Grau das alunas de Enfermagem da FAMAZ – Faculdade Metropolitana da Amazônia.
Em conversa amistosa para montar a programação, viajei nesse universo de cinco anos de labuta e o comparei ao mar... emergiu dessa onda de ideias a seguinte crônica:



 


No barco da Enfermagem


Parece que foi ontem...

Todos ouviram o sempre Pinduca a cantarolar "A marchinha do Vestibular", não é a vitrola que toca na era digital, mas seja em CD ou pendrive, essa ainda é a canção mais aguardada ao se prestar um processo seletivo!

Entre lágrimas de emoção, alívio, alegria e sorriso de muita euforia, comemoramos o ingresso na Faculdade Metropolitana da Amazônia... Nossa emoção só estava começando porque a cada semestre, as lutas se intensificavam e nos sentíamos no meio do mar.

As marinheiras de primeira viagem entraram nessa embarcação chamada Enfermagem. Logo de início, o impacto de quem há anos não frequentava uma escola. Entram no convés a Citologia e a Embriologia... houve quem quisesse se jogar sem salva-vidas, mas era muito cedo para abandonar o barco.

Levantar âncora!!!

O navio parte, logo estávamos atracando na Comunidade Fazendinha de Marituba; o primeiro contato direto com nossa profissão. A viagem só estava começando...

Velhos marujos, incentivadores maiores de nosso embarque sofrem problemas de saúde; um deles perece no mar da vida; outro descobre que está com câncer... entre orações e choro, muita solidariedade! A dor nos une e Deus age na dor!

A viagem continua; fomos promovidas a oficias, estávamos entrando no profissional. Com o intenso trabalho no navio, tinha gente acumulando plantão com 36 horas no ar; outros diziam: preciso acordar; e alguns sós pensavam em ancorar!

A tripulação começava a diminuir; as ondas sacudiam o barco, o mar revolto fez muitas baixas... é difícil não sucumbir às tempestades de um Metropolitano. Mas quando víamos o mar bravio, firmávamo-nos no Deus dos mares que nos fez andar sobre as águas e enfrentar sua fúria, afinal são os revezes do mar que formam os verdadeiros marujos.

No momento em que pensávamos haver passado o temporal, mais um velho lobo do mar parte dessa vida... A jornada parecia interminável e impossível; até os mais experientes temiam a rota que a embarcação estava tomando, mas como o Todo-Poderosoa é bússola daqueles que nEle confiam, nossa fé se firmava e a certeza de chegar era maior que a vontade de desistir.

Os estágios começaram... entre TCD e TCC fomos levando o barco. 

O tempo de embarque, as horas de Platão, o distanciamento das pessoas que amamos, a fadiga... tudo isso nos fazia querer desembarcar. Após 10 semestres, 5 anos adquirindo o conhecimento necessário para atuar no mar da vida, chegamos ao porto seguro. As lembranças vão ficar em nossas memórias... os momentos, só nós o vivemos; e sempre que nos encontrarmos, reviveremos tudo como se não houvesse passado.


Obrigada Deus Pai por tudo que passamos nessa embarcação que foi uma grande prova da tua existência e da nossa resistência; rendemos graças pelas vitórias e derrotas pois elas nos ensinaram muito e nos fazem ser humano e ser profissional. O Senhor é fiel, seus sonhos não se frustram e quem nEle confia sabe que não falha e que grandes coisas acontecem quando Ele age.





domingo, 9 de agosto de 2015

Respeite meus cabelos brancos...





Todos concordamos que a vida é efêmera e quando olho para os cabelos brancos do meu paizinho, fico imaginando quanta experiência eles guardam nesses longos anos que a vida os “descoloriu”. Só me espanta o descaso e a falta de respeito de muitas pessoas, mesmo diante das conquistas alcançadas por essa faixa etária.

Já houve avanço, mas nós estamos longe de dar ao ancião o devido valor; a cultura ocidental ainda não alcançou um terço daquilo que a oriental há séculos reconhece, porém creio que um dia a gente chega lá.

Assim espero!!!     


Respeitem meus cabelos branco...



O Dia dos Pais revela quanto eles valem, não pelo presente comprado, mas pela honra que damos a eles ao longo dos 365 dias.

Hoje, acordei com uma vontade enorme de homenagear o Maroquinho no Blog, porém posso buscar inúmeras palavras para descrevê-lo e jamais elas diriam o que realmente ele representa, não só por ser meu pai, mas pelo que ele é como ser humano, pastor, irmão, tio, filho, amigo, profissional, vizinho...
  
Por meio dele, aprendi que a vida é realmente uma escola que a todo tempo nos aplica testes e avaliações. Passar o ano nela não é algo fácil, muito menos simples; é preciso prestar muita atenção e fazer as anotações adequadas para usá-las no momento oportuno.

O aprender é contínuo e constante; todos os dias passamos por vivências e experiências fundamentais para a nossa formação e as lições devem ser guardadas na memória, pois nelas estão os ensinamentos essenciais para o viver bem.

Aquele que consegue aguçar esse aprender é um bem-aventurado, e para ele o amanhã é só mais um dia para por em prática o que o ontem ensinou.

O meu Maroquinho é realmente um bem-aventurado; não é à toa que chegou aos 97 anos de idade com esses cabelinhos brancos que demonstram o quanto foi bom aluno; ouvi-lo nos revigora e nos edifica, conviver com ele, então, é uma bênção!!!





Parabéns, paizinho!

Quero respeitar seus cabelos embranquecidos e honrá-lo como o senhor merece, demonstrando meu amor em atitudes que o deixe orgulhoso.