DICAS DA SEMANA

domingo, 16 de junho de 2019

Uma estrela que nasceu pra brilhar



ECOS DA ETERNIDADE

texto V

Não é de se admirar que os inimigos conspirem contra nós, mas às vezes aqueles que comem conosco podem se tornar perigosas iscas na rede do Maligno e nos causar danos. Jesus sofreu isso na pele e com José do Egito não foi diferente, mas uma coisa é certa, não se ofusca    

Uma estrela que nasceu pra brilhar
 

“Todos nós temos sonhos, mas aqui quero me reportar àqueles que o Todo-Poderoso sonhou para nós usando caminhos que nos parecem atalhos, mas que foram muito bem traçados por Ele.
Vivíamos em Canaã com o nosso velho pai; nosso irmão José estava no auge dos seus dezessete anos de idade, na verdade, naquela época todos éramos jovens e somente após constituir família e ter filhos, pude entender o amor do papai por José, certamente não era maior que o que sentia por nós, era apenas diferente...
O que havia era uma afinidade muito forte entre eles, afinal, meu irmão era obediente, era filho da sua velhice, foi por sua mãe que trabalhou incansavelmente para o nosso avô e, além disso, denunciava nossos erros; isso nos importunava porque não entendíamos que a verdade, apesar de doer, precisa ser dita, e como éramos mais velhos que José, não admitíamos ser censurados e corrigidos por ele... tudo isso contribuía para uma aproximação maior entre ele e o papai.  
Acontece que nós, cegados pela inconveniência, já não suportávamos o chamego dos dois, pois até  presentinho papai fazia pra ele, com isso, começamos a hostilizá-lo e a tramar algo contra ele.
Passados alguns dias, o rapazote começou a ter uns sonhos estranhos que acendeu ainda mais a nossa ira: no primeiro, o molho dele se levantava e ficava de pé no campo e os nossos o rodeavam e se inclinavam diante do dele; no outro sonho, eis que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam diante dele. Até nosso pai, que tanto o prezava, repreendeu-o por tamanha afronta... onde já se viu nossos pais e todos nós nos curvarmos diante de um meninote petulante que se fazia sonhador! E cada vez mais nossa cegueira nos fazia invejá-lo e odiá-lo como a um inimigo.
Um dia, fomos apascentar as ovelhas, nosso pai pediu a José pra ver se o rebanho e nós estávamos bem, porém nossa mente cauterizada e doentia nos fazia pensar que havia ido nos espionar e pra nós, espiões merecem a morte.
Quando descansávamos, avistamos José de longe e antes que chegasse perto, conspiramos matar o sonhador-mor e nos livrar desse estorvo em nossas vidas; nosso irmão mais velho foi mais sensato e implorou que não tirássemos sua vida porque certamente o seu sangue recairia sobre nós; então, o lançamos numa cova no deserto, pegamos a túnica de várias cores que papai havia dado pra ele e ficamos remoendo o que fazer para ‘dar cabo dele’.
Enquanto isso, surge uma caravana de ismaelitas vindo de Gileade para o Egito e tive a ideia de vendê-lo, assim nos livrávamos dele, receberíamos uma boa recompensa e não seríamos responsável pelo seu sangue. Nessa hora, Rúben veio chegando e ao ver que José já não estava mais na cova, rasgou suas vestes e se revoltou contra nós; contei-lhe o ocorrido, matamos um cabrito, tingimos a túnica de sangue para explicar a situação pra nosso pai e assim seguimos pra casa.
Vocês devem imaginar a dor do nosso velho pai ao receber a notícia! mas a ira que jazia em nós era tanta que mesmo sendo tementes a ele e a Deus vibrávamos com a história que inventamos para nos livrar de um inocente.
Papai passou dias vestido de pano de saco se lamentando e ainda que nós, seus algozes, tivéssemos a ousadia de consolá-lo depois de tudo que fizemos, ele afirmou que seu choro desceria com ele à sepultura...  
Depois disso, não soubemos mais nada de José até irmos para o Egito atrás de comida, pois a terra morria de fome e somente lá havia provisão. Nesse tempo, José governava o Egito e se fez grande entre eles, mas não sabíamos; já havia se passado muito tempo e quando o vimos, não o conhecemos, pois estava bem diferente, inclusive parecia mesmo um egípcio.
José nos reconheceu logo, mas nos tratou como a estranhos, ele era muito astuto e sábio e iria se revelar na hora certa; afirmou que éramos espias pra que voltássemos com Benjamim, seu irmão que ficou com papai, e ele pudesse nos contar toda a sua saga depois que o vendemos como uma mercadoria.
Para provar que éramos pessoas de bem, um de nós deveria ficar preso e trazer o caçula, comprovando nossa versão... enquanto isso, sentíamos o peso de termos feito mal a nosso irmão; Rúben estava irado conosco e nos acusava de não tê-lo ouvido e agora o sangue de José estava sobre nós. Simeão foi amarrado e preso e assim ficaria até que voltássemos.
Chegando em casa, contamos tudo a nosso pai e explicamos que deveríamos retornar lá com Benjamim, como papai se recusava em deixá-lo, Rúben até sugeriu que poderiam matar seus dois filhos se não tornasse a trazer o caçula são e salvo, mas não estava havendo acordo com o papai.
A fome continuava assolando a terra e quando acabou o mantimento, tivemos que retornar ao Egito; aí, novamente brigamos com o papai que relutava pra não deixar Benjamim partir conosco, mas fui incisivo me oferecendo como fiador dele se algo acontecesse, assim seria réu de crime para com meu pai para sempre... depois de muita conversa partimos.
Nosso pai preparou o mais precioso da terra como presente ao governador: bálsamo, mel, especiarias, mirra, terebinto e amêndoas, e levamos dinheiro dobrado pra pagar o que comprássemos e devolver o que haviam nos dado por engano no Egito.
Ao nos rever, quase José se revela, mas antes que isso acontecesse, fez nos levarem até sua casa, contamos o que havia acontecido com o dinheiro, por isso o trouxemos pra devolver, mas ao invés de nos prender, ele nos ofereceu um jantar e só não se assentou à mesa conosco porque é abominação pra os egípcios comer com judeus.
Depois disso, partimos novamente tranquilos porque tudo havia dado certo; Simeão estava livre e Benjamim a salvo, entretanto, José pediu pra colocarem seu copo de prata na boca do saco do caçula e quando estávamos a uma pequena distância da sua casa, seus soldados nos alcançaram e nos levaram cativos de volta dizendo que éramos ladrões.
Ficamos indignados e dissemos que aquele com quem fosse achado o roubo que morresse e os demais se tornariam escravos do governador, mas os soldados falaram que a lei pune apenas o infrator, os demais estariam livres.
Ao procurarem o copo, acharam-no no saco de Benjamim, então rasgamos nossas vestes e retornamos para implorar clemência ao governador; prostramo-nos diante dele e fomos duramente repreendidos por ele. Ainda argumentei que todos estaríamos dispostos a pagar pelo mal feito, mas ele só queria a Benjamim, o autor do roubo.
Nesse momento, fui tomado por uma força e um amor que nunca havia sentido, roguei compaixão da parte dele, contei-lhe todo o sofrimento do nosso pai pela perda de José e o quanto sofreria sem o caçula; expliquei-lhe a importância desse moço à sua velhice e como me fiz fiador dele; por fim, justifiquei que não me perdoaria se fosse culpado pela amargura do meu velho pai e propus ficar no lugar de Benjamim para não ver o mal que sobreviria a meu pai se ele não voltasse conosco.
Foi então que José, mandando sair de sua presença todos os egípcios, levantou sua voz em choro e confessou quem era. Mal pudemos acreditar, nosso irmão agora era governador do Egito e não nos imputou o pecado de o termos vendido porque sabia que tudo foi feito para que a glória de Deus se manifestasse, para conservação da vida do Seu povo e para nos ensinar grandes lições.
Os sonhos se concretizaram e agora eram claros pra nós.... 

Tudo isso me fez entender muita coisa; meu coração se redimiu e se arrependeu das maldades que fizemos em nome de um ódio sem sentido e desmedido; depois de tudo, minha alma sentia o peso dos erros, mas experimentava o anelo do perdão. 

Habitamos com nosso velho pai na terra de Gósen presenteada por Faraó e ficamos perto de José todos os anos de nossas vidas; e conforme Deus havia sonhado pra nossa família e pra José, a fome não foi sentida por nós, pois Ele nos guardou e orientou tudo perfeitamente.
A estrela que o Todo-Poderoso faz brilhar ninguém jamais apagará”.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Presente em minha vida



A efemeridade da vida nos faz viver pensativos... 
Minha homenagem aos ANIVERSARANTES DO MÊS DE MAIO veio tardia porque estou muito assoberbada, mas minha fala hoje é baseada na reflexão contínua que faço, agradecendo por tê-los


Presentes em minha vida


Algumas pessoas não entendem o termo na sua essência e acham que pra estarmos presentes, necessariamente, precisamos estar perto; penso ser uma visão equivocada, pois a presença é muito mais que estar no mesmo lugar, o fato de estarmos conectados em pensamento ou por um sentimento mútuo é o suficiente para evidenciar a presença na vida de alguém.

O avanço da tecnologia e o acelerado caminho pelo qual enveredaram as redes sociais são uma faca de dois gumes: eles têm-nos afastado presencialmente das pessoas e têm-nos unido virtualmente quando a distância ou o tempo nos impediram de seguir caminhos juntos
De qualquer forma, presencialmente ou virtualmente, minha relação com vocês tem por base esse conceito de presença uma vez que, embora não os tenha por perto, posso senti-los e amá-los na mesma proporção dos demais que me rodeiam e que estão sempre por perto.



Assim, gostaria de agradecer a Deus por suas vidas e ratificar aqui meu amor, admiração e amizade por todos vocês; as circunstâncias nos afastam no tempo e no espaço, mas o fato de lembrar de vocês não só no mês do aniversário e tê-los sempre em minhas orações (e dentro do meu coração), é o suficiente para dizer que vocês são PRESENTES em minha vida e um grande presente do Pai para mim.

Recebam meus parabéns e meu carinho hoje e sempre.

Obrigada pela amizade, amigos!!!

PARABÉNS!!!