DICAS DA SEMANA

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Um grande livramento...




ECOS DA ETERNIDADE

texto VII


Participando da Maratona promovida pela Escola Bíblica Sabatina da minha igreja, reli o livro de Ester e nele encontrei inspiração para dar continuidade à Série Ecos da Eternidade, dessa vez falando de     

Um grande livramento...




“Eu servia no Palácio de Xerxes, filho de Dario I e neto de Histaspes e Ciro, quando presenciei algo extraordinário que aconteceu com um povo.

Tudo começou numa festa quando nosso rei convidou todos do reino para comemorarem seus grandes feitos; na ocasião, pediu-nos que trouxéssemos a rainha à sua presença para apreciarem sua beleza, mas Vasti, que também dava uma festa às mulheres no Palácio, recusou-se a ir conosco.

A partir daí, ocorre uma série de acontecimentos inacreditáveis e se eu não tivesse sido testemunha ocular de tudo, diria se tratar de uma ficção.

Depois do ocorrido, sugerimos ao rei que trouxessem as mais belas moças de todo o reino para serem preparadas por um ano e, assim, aquela que lhe agradasse seria feita a nova rainha; ele aprovou e os preparativos começaram.

E dentre as mais belas que ficaram em nossa responsabilidade, havia uma diferente de todas as outras em beleza, em postura, em bondade... nenhuma delas se comparava a Hadassa, e assim fomos os primeiros a nos apaixonar por seu jeito agradável, meigo e doce...

No dia de sua apresentação ao rei, demos a ela umas dicas, mas, sinceramente, nem precisava, sua singeleza, pureza e simplicidade atraíram a atenção do nosso rei e na mesma hora ele a fez rainha.

A cada dia ficávamos ainda mais encantados e admirados com sua postura e sua forma de administrar as coisas do Palácio; ela era amada e respeitada por todos e quando precisou passar por uma grande prova, mostrou-se muito maior do que a víamos, pois estava disposta a dar sua vida para salvar seu povo.

E essa história é ainda mais impressionante porque os judeus passaram a ser odiados pelo perverso Hamã, primeiro ministro do rei, exatamente por causa de Mardoqueu, primo da rainha, que, por motivo de devoção ao seu Deus, não se curvava diante desse petulante nobre; dizem, inclusive, que essa ordem dada por Xerxes foi sugestão do ministro inescrupuloso.

Encurtando a conversa, Hamã tramou tantas que o Senhor o fez provar do seu próprio veneno: foi humilhado ao ter que prestar honras a Mardoqueu (que havia descoberto um complô contra o rei), puxando um cavalo pela cidade e dizendo o quando era honrado por Xerxes; e foi enforcado na forca que preparou para o primo de Hadassa.

Isso tudo me deixou bastante impressionado porque eu realmente vi a mão de do Todo-Poderoso Deus agindo em cada momento desse... inclusive, quando Hamã tramou matar todos os judeus por ódio e orgulho, fez o rei assinar um decreto para que no dia 13 do décimo segundo mês do reinado de Xerxes, todos eles morressem.

Hadassa, após três dias de jejum que decretou ao seu povo e a todos nós que a servíamos no palácio, foi até a presença do rei sem ser chamada, correndo um tremendo risco, mas confiante no seu Deus; depois fez dois banquetes com a presença de Hamã para desmarcá-lo, contando ao rei tudo o que ele havia tramado e revelando que também morreria porque era judia.

Como o nosso amado rei não poderia voltar atrás em seu edito, fez outro documento que dava aos judeus a oportunidade de se defenderem no dia marcado. Isso me surpreendeu mais ainda, afinal, como um povo pacato, que vivia do comércio e de sua crença, conseguiria aniquilar milhares de homens bem armados e treinados pra guerra? Somente um Deus muito poderoso poderia ser o responsável por tal feito.

Com essa atitude, nossa querida Hadassa cresceu ainda mais no nosso conceito e passamos a adorar o seu Deus e a pertencer ao seu povo”.





Nenhum comentário:

Postar um comentário