O cantor e compositor João Alexandre, em uma de suas músicas diz: "Como será futuro do nosso país?"... Outubro é o mês das crianças e do professor; este é o profissional que cuida da educação neste país; aquelas, são os profissionais de amanhã.
Abro espaço aqui para refletirmos sobre os homenageados do mês.
Que tenhamos um futuro melhor!
EDUCAÇÃO
(Tayna Marie, minha sobrinha francesa)
Em busca da ingenuidade perdida
É
impressionante como nossas crianças estão cada vez mais (in)formadas, mas tanta
informação pode estar “tirando” sua ingenuidade – característica essencial na
formação do ser humano e muito importante nessa fase da vida.
A
ingenuidade e a pureza estão sumindo mesmo com o tempo até em nossas crianças. A
vida moderna, com a tecnologia e a mídia, oferece informações e serviços agora recheados
de mashmelow com cobertura de chantily... e uma variedade de (dis)sabores, de
cores, de tamanhos; guloseimas para todos os (des)gostos. Na busca da audiência
e de uma fatia no mercado, os produtores usam armamento pesado. É só juntar
tudo e avaliar quantos quilos de lixo isso pode acumular!
Mas o que está realmente acontecendo?
Com o passar do tempo, nossas crianças não brincam mais
de “amarelinha”, de “roda”... até bem pouco tempo, as brincadeiras eram assim, ingênuas
como elas. Isso não quer dizer que em outros tempos tudo era “um mar de rosas”,
de forma alguma, havia outras formas de antecipar nelas a adolescência e a vida
adulta, porém, cada vez mais observamos que os programas, a vestimenta, a
música infantis, embora voltadas para esse público, possuem teor de adulto e
têm feito um verdadeiro arrastão no valores.
Posso até estar exagerando, mas os consultórios estão
cheios de crianças problemáticas; adolescentes engravidam cada vez mais cedo, a
criminalidade por menores tem aumentado consideravelmente e... basta dar uma
"olhadinha" nos jornais da cidade e nos noticiários para constatar isso.
A modernidade é boa, todavia pode estar levando essa
qualidade de nossos pequeninos, pois com ela vêm os desenhos animados (aliás,
animadíssimos), os “monstrinhos” (in)ofensivos e tantas outras “coisas
inocentes”; além disso, pesquisas revelam que grande parte dos telespectadores
dos programas mais “picantes” da telinha são menores de idade (ei! que mal há
em um “programazinho” proibido para menores de 14 anos?!), e há sempre um
número considerável de crianças e pré-adolescente “plugados” em sites
pornográficos e em programas condenados pela censura, pelo juizado de menores e
pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Isso
ratifica o cuidado redobrado que devemos ter com a educação desses seres que
ainda estão experimentando as primeiras adversidades (e não diversões) da vida.
Se não pararmos para analisar nossa função nesse contexto, perderemos nossos
filhos.
O que o futuro nos reserva?
Que
crianças queremos formar?
Garotos
e garotas precoces, esbanjando sensualidade, telespectadores em potencial, internautas
vidrados em cenas de violência e de sexo explícito ou crianças, simplesmente,
vivendo essa fase de sua vida com um toque de ingenuidade?
Pais,
educadores... não sejamos ingênuos ao ponto de “taparmos o sol com a peneira” e
acharmos que são maduros o suficiente para seguirem sós; ou acharmos que
podemos descansar (eternamente em berço esplêndido), cruzar os braços e esperar
que a vida lhes ensine o que é nosso dever ensinar?!
O
“Ministério da Saúde Infantil adverte acerca do nosso papel com essas crianças
e, para “engrossar esse caldo” temos
Pirreneau, Piaget e tantos outros. Talvez Freud, se estivesse em nosso meio, pudesse explicar (ou
não). Em todo caso, se não cumprirmos nossa parte nesse processo, nós e
nossos filhos iremos sofrer as consequências das escolhas e omissões feitas.
Nossa
responsabilidade é bem clara: colocamos essas crianças no mundo e precisamos
cuidar delas até que, com suas próprias pernas, possam seguir (nunca sós, mas sempre
amparadas por outros humanos como seres sociais que são).
Do
contrário, continuarão sendo consumidas nesse supermercado que é o mundo: com
direito a cheque (mate) pré-datado, vale (de lágrimas) transporte, ticket
(nervoso) refeição, cartão (vermelho) de crédito... e muito mais!
Envolvê-las
em uma redoma sem deixá-las criar anticorpos ou proibi-las de tudo acreditando
que “o que os olhos não veem, o coração não sente” não seria uma boa saída – os
extremos nunca são boas posições.
Mas
se estamos em busca da ingenuidade perdida, é importante sermos seletivos e
conscientes e nos colocarmos em posição (de combate) de exemplo, sendo os
primeiros (e os mais indicados) a “abrir os olhos” de pequeninos com muito diálogo,
carinho e educação de qualidade.
As fases mal vividas, atropeladas trazem sérios problemas futuros, suas consequências são desastrosas à vida do ser humano, pois as experiências pelas quais passamos em nossa caminhada diária, faz-nos perder, ao longo dos dias, a ingenuidade, portanto, é bom repensar nossas atitudes e ajudar a formar crianças sadias e gerações equilibradas; o futuro depende delas!
As fases mal vividas, atropeladas trazem sérios problemas futuros, suas consequências são desastrosas à vida do ser humano, pois as experiências pelas quais passamos em nossa caminhada diária, faz-nos perder, ao longo dos dias, a ingenuidade, portanto, é bom repensar nossas atitudes e ajudar a formar crianças sadias e gerações equilibradas; o futuro depende delas!
BRAGA, Esther. Em busca da Inocência perdida. Revista O Clarim. São Paulo: Igreja Adventista da Promessa, p. 77-80
_Muito Bom o seu Trabalho, e é verdade o que escreveu sobre os adolescentes, muito bom mesmo, Gostei ! :)
ResponderExcluirOi, querida. Obrigada! Que saibamos educar os nossos pequeninos...
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