DICAS DA SEMANA

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

"Como será o futuro do nosso país?"



O cantor e compositor João Alexandre, em uma de suas músicas diz: "Como será futuro do nosso país?"... Outubro é o mês das crianças e do professor; este é o profissional que cuida da educação neste país; aquelas, são os profissionais de amanhã.

Abro espaço aqui para refletirmos sobre os homenageados do mês.
Que tenhamos um futuro melhor!




EDUCAÇÃO


 (Tayna Marie, minha sobrinha francesa)


Em busca da ingenuidade perdida





É impressionante como nossas crianças estão cada vez mais (in)formadas, mas tanta informação pode estar “tirando” sua ingenuidade – característica essencial na formação do ser humano e muito importante nessa fase da vida.

A ingenuidade e a pureza estão sumindo mesmo com o tempo até em nossas crianças. A vida moderna, com a tecnologia e a mídia, oferece informações e serviços agora recheados de mashmelow com cobertura de chantily... e uma variedade de (dis)sabores, de cores, de tamanhos; guloseimas para todos os (des)gostos. Na busca da audiência e de uma fatia no mercado, os produtores usam armamento pesado. É só juntar tudo e avaliar quantos quilos de lixo isso pode acumular!

Mas o que está realmente acontecendo?

Com o passar do tempo, nossas crianças não brincam mais de “amarelinha”, de “roda”... até bem pouco tempo, as brincadeiras eram assim, ingênuas como elas. Isso não quer dizer que em outros tempos tudo era “um mar de rosas”, de forma alguma, havia outras formas de antecipar nelas a adolescência e a vida adulta, porém, cada vez mais observamos que os programas, a vestimenta, a música infantis, embora voltadas para esse público, possuem teor de adulto e têm feito um verdadeiro arrastão no valores.

Posso até estar exagerando, mas os consultórios estão cheios de crianças problemáticas; adolescentes engravidam cada vez mais cedo, a criminalidade por menores tem aumentado consideravelmente e... basta dar uma "olhadinha" nos jornais da cidade e nos  noticiários para constatar isso.

A modernidade é boa, todavia pode estar levando essa qualidade de nossos pequeninos, pois com ela vêm os desenhos animados (aliás, animadíssimos), os “monstrinhos” (in)ofensivos e tantas outras “coisas inocentes”; além disso, pesquisas revelam que grande parte dos telespectadores dos programas mais “picantes” da telinha são menores de idade (ei! que mal há em um “programazinho” proibido para menores de 14 anos?!), e há sempre um número considerável de crianças e pré-adolescente “plugados” em sites pornográficos e em programas condenados pela censura, pelo juizado de menores e pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Isso ratifica o cuidado redobrado que devemos ter com a educação desses seres que ainda estão experimentando as primeiras adversidades (e não diversões) da vida. Se não pararmos para analisar nossa função nesse contexto, perderemos nossos filhos.



O que o futuro nos reserva?




Que crianças queremos formar?
Garotos e garotas precoces, esbanjando sensualidade, telespectadores em potencial, internautas vidrados em cenas de violência e de sexo explícito ou crianças, simplesmente, vivendo essa fase de sua vida com um toque de ingenuidade?
Pais, educadores... não sejamos ingênuos ao ponto de “taparmos o sol com a peneira” e acharmos que são maduros o suficiente para seguirem sós; ou acharmos que podemos descansar (eternamente em berço esplêndido), cruzar os braços e esperar que a vida lhes ensine o que é nosso dever ensinar?!
O “Ministério da Saúde Infantil adverte acerca do nosso papel com essas crianças e, para “engrossar esse caldo”  temos Pirreneau, Piaget e tantos outros. Talvez Freud,  se estivesse em nosso meio, pudesse explicar (ou não). Em todo caso, se não cumprirmos nossa parte nesse processo, nós e nossos filhos iremos sofrer as consequências das escolhas e omissões feitas.
Nossa responsabilidade é bem clara: colocamos essas crianças no mundo e precisamos cuidar delas até que, com suas próprias pernas, possam seguir (nunca sós, mas sempre amparadas por outros humanos como seres sociais que são).
Do contrário, continuarão sendo consumidas nesse supermercado que é o mundo: com direito a cheque (mate) pré-datado, vale (de lágrimas) transporte, ticket (nervoso) refeição, cartão (vermelho) de crédito... e muito mais!
Envolvê-las em uma redoma sem deixá-las criar anticorpos ou proibi-las de tudo acreditando que “o que os olhos não veem, o coração não sente” não seria uma boa saída – os extremos nunca são boas posições.
Mas se estamos em busca da ingenuidade perdida, é importante sermos seletivos e conscientes e nos colocarmos em posição (de combate) de exemplo, sendo os primeiros (e os mais indicados) a “abrir os olhos” de pequeninos com muito diálogo, carinho e educação de qualidade.
As fases mal vividas, atropeladas trazem sérios problemas futuros, suas consequências são desastrosas à vida do ser humano, pois as experiências pelas quais passamos em nossa caminhada diária, faz-nos perder, ao longo dos dias, a ingenuidade, portanto, é bom repensar nossas atitudes e ajudar a formar crianças sadias e gerações equilibradas; o futuro depende delas!    



BRAGA, Esther. Em busca da Inocência perdida. Revista O Clarim. São Paulo: Igreja Adventista da Promessa, p. 77-80 
 


 


2 comentários:

  1. _Muito Bom o seu Trabalho, e é verdade o que escreveu sobre os adolescentes, muito bom mesmo, Gostei ! :)

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  2. Oi, querida. Obrigada! Que saibamos educar os nossos pequeninos...

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