DICAS DA SEMANA

terça-feira, 3 de junho de 2014

O amor eros



Mês de junho traz consigo, dentre tantas datas, o dia festivo dos namorados... 
Nele há, além da costumeira troca de carinho, troca de presentes.  
Há namorados exagerados, esquecidos, românticos... enfim... mas o que os une mesmo é o AMOR. Bem, pelo menos é o que deveria, não é? Por isso, resolvemos falar hoje um pouco desse amor eros (vou-me arriscar!!! - risos).




Confesso que fico meio reticente com relação ao amor eros. É complicado falar disso!



Não creio que seja algo que acontece do dia pra noite, muitos menos que seja “eterno”; esse amor se configura com o tempo e se intensifica conforme a afinidade e alguns detalhes entre o casal. Os demais tipos de amor são diferentes, já vêm conosco: nascemos e já amamos nossos pais; crescemos e amamos nossos irmãos; conhecemos e vamos amando nossos amigos... e assim decorre a vida.


Mas quando nos envolvemos com alguém, é preciso ter em mente que o sentimento um dia pode se desgastar ou se acabar; e pode ser que dure enquanto vivermos... Caso se desgaste ou se acabe, não devemos procurar culpados; temos a mania de, ao invés de resolver os problemas, querer saber de quem foi a culpa ou culpar o outro; porém, nem você nem seu par têm culpa do amor se diluir, isso faz parte do ciclo natural da vida... somos falhos e às vezes, colocamos muita expectativa em algo que insistimos em ser amor, mas não é!

É comum haver engano a ponto de acreditarmos ser amor verdadeiro; mas a convivência nos dá pistas do tipo de relação que estamos nutrindo. Esteja atento... o amor é paciente, é bom, não arde em ciúme, não procura seus interesses, não é egoísta, não se ressente do mal[1]... Ele possui essas características e quando não é correspondido, embora sofra não age inconvenientemente; não deseja o mal do outro, pelo contrário, paga o “mal”, que acredita ter sofrido ou que realmente sofreu, com o bem.

Por isso, cuidado na hora de fazer voto de “amor eterno”... Saiba que na caminhada ambos podem ser surpreendidos pelo fim dele ou pelas peças que a vida prega. Não escolhemos a quem amar, o amor surge no nosso coração e... amamos! E quando ele acabar?

Se mantivermos um relacionamento de namoro, a sinceridade deve prevalecer, afinal um dia amamos ou nos relacionamos com essa pessoa e devemos respeitá-la, não podemos faltar com a verdade, muito menos agir de má fé, por pena, por impulso, por medo ou por qualquer outro sentimento ruim que possamos nutrir.  

Caso seja casamento, aí o caso é mais sério. Nem me arrisco a dar palpite, pois nunca passei por esse processo; o que posso dizer é que meus pais me deram um exemplo de que realmente essa instituição dada pelo Pai deve perdurar enquanto ambos viverem; houve voto perante Deus e os Homens; houve uma aliança feita... e qualquer caso que fuja a essa regra, deve ser analisado à luz da Palavra de Deus e de acordo com nosso bom senso.

Por hora, continuemos amando, pois isso faz muito bem! Amando com respeito, verdade, fidelidade...







Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.




(MORAES, Vinicius de. Antologia Poética. Editora do Autor: Rio de Janeiro, 1960, p. 96.)








[1] Bíblia Sagrada – I Coríntios 13.4-7.

4 comentários:

  1. sem medo de cair no piegas fosso do romantismos barato, vc descreveu assim como deve ser esse que ainda é o sentimento mais nobre, o amor não tem data de validade, nem é tamanho, nem cor, é como deve ser...simples : a gente só sente, e pronto! ................ compartilhando!!!!

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    1. Hum, que bom! Fiquei preocupada, poderia ser mal interpretada... mas pelo que já me abordaram, não estou tão longe assim da realidade e nem da razão - amor é razão e sensação!!!


      Valeu, Ed!!!

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  2. Respostas
    1. Obrigada, Dri.

      Tudo dom de Deus... inspiração de quem ama!!!

      Aguardo você e outras postagens.

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