DICAS DA SEMANA

sábado, 14 de fevereiro de 2015

E no Carnaval... lá vai a turma do lençol




          Aproveitei o feriadão para arrumar minha estante... Remexendo os livros, encontrei a obra de um velho amigo "A turma do Lençol" que me deu inspiração para escrever algo em tempos de Carnaval. Reli seu texto e resolvi olhar pra meu umbigo e me perguntar se estou entrando nessa turma! 

          Será que em nossas igrejas não estamos também improvisando uma fantasia, vestindo-nos de um lençol?! É um caso a se pensar... 




A TURMA DO LENÇOL[1]
ENCOBRINDO A NUDEZ


“E um certo mancebo o seguia, envolto em um lençol sobre o corpo nu; e lançaram-lhe a mão, mas ele, largando o lençol, fugiu nu” (Mc 14. 51-52).

   O episódio de Marcos 14 fala de um jovem envolto num lençol na noite da prisão de Cristo no Getsêmani. Alguém sem nome, sem roupa, sem expressão... faz parte daquele cenário cujo cena principal é a prisão de Jesus.   

  Era noite, as ruas estavam desertas, havia pouca ou quase nenhuma iluminação, as pessoas já estavam todas dormindo; nesse momento, Jesus está orando... A diligência romana chega imponente e com ela Judas em destaque à frente liderando um grupo ávido por justiça; em segundo plano uma turma de curiosos olhando pelas brechas, pela janelas, pelas portas... mas um deles chama a atenção - o homem do lençol!


  A turma do lençol não era a que dormia na hora do ocorrido e o rapaz anônimo era um dos representantes dessa turma formada de gente curiosa, casual e eufórica[2]. Qual é a onda dessa turma? Como identificá-la? 

    Eis as características:

1.   CURIOSIDADE: “A curiosidade mata”.
Seguir a Jesus por curiosidade é perigoso; na hora do alvoroço, podemos ser pegos de surpresa se puxarem o lençol que nos encobre e, então, seremos desmascarados!

2.   PRESSA: “A pressa é inimiga da perfeição”.
Deus não teve pressa em criar o mundo. Ele poderia dizer: haja... e tudo estaria pronto, em um minutinho, mas o fez em seis dias e ainda, sem pressa alguma, descansou. Não arrisquemos, fazer algo apressadamente pode "nos custar muito caro"!  

3.   IMPROVISO: “Quem não tem cão, caça com gato”.
Será produtiva a caça se ao invés de cão levarmos um gato? Às vezes, o improviso dá certo e é até legal, mas na vida cristã improvisar vestiduras é, no mínimo, constrangedor.

4.   INCONSEQUÊNCIA: “Quem brinca com fogo, pode se queimar”.
É preciso medir as consequências de nossos atos; a inconsequência vem sempre acompanhada da vergonha de ter nossa nudez descoberta!


  A Turma do Lençol não tem compromisso, seus membros se tornam discípulo casualmente por ser filho(a), parente ou namorado(a) de crente... Lençol não é roupa, é uma capa, e servos precisam de solidez, de vestes verdadeiras... 

  Essa turma quer ser diferente, mas não faz a diferença, vê e participa da glória de Deus, mas não consegue manifestá-la em sua vida, por isso, vamos fazer uma reflexão para não estarmos entrando nesse carnaval de fantasia, usando na obra apenas lençóis; vamos-nos vestir da armadura de Deus[3] e entrar na guerra, não na avenida...  

            












[1] Baseado na obra do amigo e irmão em Cristo Abimael Canto Melo (MELO, Abimael. A Turma do Lençol, São Paulo: Editora Candeia, 2002).
[2] "Crente por casualidade; esquece-se da conversão e vive a euforia de estar próximo de cristo” (MELO, 2002, p. 14).
[3] Efésios 6.13-17 

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