Hoje meu lado poético
soou ainda cedo quando procurava inspiração para abastecer o nosso blog.
Vou transcrever aqui o poema que
define exatamente o que um poeta é na voz do grande Fernando Pessoa e deixar um pouco de mim em homenagem ao nosso dia...
Antes, porém, gostaria de parabenizar a todos que escrevem a vida
em forma de poesia. Que vocês continuem fazendo da dor, da alegria... e de tantos outros sentimentos, canções sem instrumentos musicais com a musicalidade da alma oriunda de palavras elaboradas pelas mãos poéticas de vocês.
DIA DO POETA
Autopsicografia
Fernando Pessoa
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Canto
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Canto
Nos quatro CANTOs
Um CANTO
Envolvente
Delicado
Viril
Um ENCANTO
Embalo de ondas sonoras
Em partitura qualquer
Cantilena,
Cântico canoro
Poesia lírica aos teus ouvidos
Cantochão
Não importa a cantoria
Quero cantar pra te encantar
Ainda que seja
Canção de ninar
EU CANTO
E TU me (en)CANTAS!
Esther Braga
Lindo...
ResponderExcluirCoisas de poetas, Sílvia!
ExcluirVamos poetizar a vida sempre; eis umas das formas de ficar feliz!!!
Obrigada pelos acessos, continue lendo nossas postagens
Um forte abraço!