DICAS DA SEMANA

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Um Amor de Mãe

ECOS DA ETERNIDADE

texto I

O segundo domingo passou, mas o mês de maio é dedicado a quem recebeu do Pai a bênção de conceber a humanidade em seu ventre e em seu coração. Porém, um mês é muito pouco para rememorarmos não apenas nove meses de dedicação mas uma vida toda entregue a quem se gerou porque, aqui na Terra, nada se compara ao  


Amor de mãe



“Sei o quão agraciada sou dentre as mulheres da Terra, pois fui escolhida para te gerar. Não acreditava que uma moça simples como eu, tão igual tão singular pudesse ter tamanha honra. Mal pude conter a emoção ao ceder meu ventre para te receber, e tanto as palavras do anjo quanto a minha obediência e o meu temor me levaram a tomar a atitude mais acertada da minha vida – ser mãe... ser tua mãe!

Durante alguns meses pude te ter dentro de mim. Não há registros dos teus primeiros passos, mas me recordo de cada detalhe que te diz respeito desde a tua concepção: o anjo a te anunciar; teu primo a pular no ventre de tua tia ao perceber tua presença; a atitude de espanto de teu pai terreno e sua honradez em me desposar e aceitar os desígnios de Deus; os enjoos, as dores, o cansaço... porém quando eu pensava que estavas lá com toda a tua majestade, era difícil não me emocionar e minha oração era sempre de agradecimento por tua vida e pela vida de toda a humanidade.

Passado o período em que me animavas te remexendo, dando-me forças para suportar todos os percalços de ser tua mãe, chegou o momento mais esperado não só por mim, mas por todo o universo - a hora do teu nascimento. 

Vieste ao mundo, ao mundo pelo qual deste tua vida.

Isso aconteceu depois de uma longa jornada que fizemos rumo à cidade em que faríamos nosso recenseamento. Como havia muita gente com o mesmo objetivo, não conseguimos lugar pra repousar. Não foi bem um local como aquele que eu e teu pai sonhávamos para nasceres, mas o Pai Eterno o escolheu e, assim, naquela pequena estrebaria, dei à luz... e realmente dei a LUZ ao mundo.

Ali, em meio à natureza que ajudaste a criar, ouvimos teu primeiro choro e vimos teu primeiro sorriso. Naquele instante, a estrela que nos guiava se aquietou, os astros louvaram teu nome, fauna e flora te reverenciaram, e a figura da mãe já não era mais o foco, porque quando o filho nasce, passamos a ser apenas coadjuvantes na história, no entanto isso em nada nos diminui, pelo contrário, é isso que nos engrandece.

Não pude conter a emoção de te carregar no colo e te chamar de filho e ao mesmo tempo que me regozijava, uma dor ardia em meu peito, porque sabia que minha sina não seria em nada parecida com a de nenhuma outra mulher, pois eu conhecia tua missão aqui na Terra.

Ao nasceres, não houve um ser que não tivemos sentido a tua presença – Céus e Terra estavam sendo religadas no rompimento do cordão umbilical: de mim te separavas, mas unias a humanidade inteira ao Seu verdadeiro Pai.

Dali em diante, coube a nós, teus pais terrenos, a tua educação, uma responsabilidade no mínimo complexa, mas em nada difícil dada a tua índole, teu caráter e a ajuda do Espírito Santo que nos instruiu, dotando-nos de sabedoria para conduzir teus passos. Tua infância e adolescência não constam em registros, mas estão gravadas aqui na minha memória e no meu coraçãi de mãe.  

Acompanhei de perto teu crescimento e depois todo o suplício a que foste destinado sem nada poder fazer para amenizar tuas chagas e te mostrar o meu amor, pois eras movido por um amor ainda maior, inatingível e inexplicável. Eu sofria por amor de ti, meu filho, porém, sofrias por amor de todos, sem exceção.

E assim é a sina de toda mãe: gerar um novo ser para a mundo; cada um tem um caminho a trilhar, cabe a nós prepará-lo para que siga o rumo certo a fim de que seja feliz e, sobretudo, seja luz.

Quanto ao meu filho, esse foi verdadeiramente LUZ!”.










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