Há quase 20 anos caminho nesta estrada e dedico este
artigo às verdadeiras AMIZADES que a ginástica rítmica me deu de presente. Saímos há pouco de um curso nacional e reencontrar os amigos foi uma grande festa. Além disso, partilhamos conhecimento e experiências, dividimos os saberes e no fim constatei que realmente a vida é mesmo assim, feita de:
ProGResso em processo
Nos tapetes desta vida somos constantemente avaliados. Já passamos
por As e Bês de base, tivemos VTs e VAs e tantas outras nomenclaturas que as
mais novas candidatas a essa mania que se chama GR nunca
ouviram falar.
As experiências transformaram as flexibilidades em equilíbrios e
rotações num processo em que rever conceitos e pré-conceitos se tornou algo comum;
esse hábito diário nos leva a ver o mundo por outro ângulo, com 20° de tolerância nas mais variadas circunstâncias, algo inadmissível há tempos atrás. Nossas “verdades” já
não são irrefutáveis, permite-se uma pequena discussão entre os avaliadores a
fim de que se chegue a uma nota comum.
Verdadeiramente, demos uma guinada de 360º com uma nova realidade em
que se admite 180° de rotação nas situações mais difíceis. Foi, sem dúvida um
grande salto com direito grand-jeté e elemento validado com perda de aparelho
desde que já tenha cumprido um manejo nessa dificuldade.
Mas as dificuldades ainda não cessaram, as penalizações continuam,
embora acredite que isso é apenas uma síncope sujeita à “correção”. Os contratempos
existem: aplicar uma pena artística a uma obra de arte é trucidar o belo e
fazer dele algo banal; é admitir que temos o poder e a capacidade de avaliar e
julgar o imensurável como o fazemos com um aparelho que se afere numa competição.
De qualquer forma, creio que estamos no caminho certo, um dia chegaremos lá... Já mudamos de nível e de eixo, conseguimos enxergar fora do campo visual e a inatingível nota 10 foi batida provando que a
perfeição é ilusión e que é possível transformar ginástica rítmica em um esporte para
todos.
Só não são toleráveis as repetições porque somos dinâmicos e
criativos, ainda assim feitas em série podem ser contabilizadas. Não é interessante! É o relativo
tirando o absoluto de cena nessa movimentação coreográfica envolvendo ginastas
e aparelhos na dança da vida.
Será que me fiz entender?
Não posso repetir o jargão “Só os fortes
entendem” porque estaria perpetuando um paradigma já quebrado no novo ciclo,
mas posso dizer: “Vocês da GR me entendem”...
Isso é mesmo um “vício” que nos faz falar, respirar e transpirar ginástica
rítmica o tempo todo (risos).
Viva o nosso esporte: I love GR, je t’aime de tout mon coeur y
quiero seguir contribuyendo a su éxito...
Contem comigo, amigos!!!