DICAS DA SEMANA

quinta-feira, 27 de março de 2014

Parabéns Ver-o-Peso




Comemorando 388 anos com açaí e peixe frito




Poema Ver-o-Peso


Ver o Peso, infinito em opções marcante aos corações
Sua magia em assim dizer
Faz o sentido acontecer
Pesando,
Guardando,
Marcando,
Um Pará de alegrias,
Acolhedor e apaixonante.
Do inesquecível Carimbó se faz ali seu porto
De seu peixe com Açaí uma opção ao paladar
Do ribeirinho sorridente um lugar sempre a lembrar.
Ver o Peso, guardado na memoria de suas idas e vindas
De marés atenuantes e vazantes despertar.
Viva Ver o Peso
Viva Belém
Viva o Pará




                                                                                     (Weverton O.Reis)




















quinta-feira, 20 de março de 2014

E por falar em Gramática...



Na postagem anterior, dediquei um poema da nossa Antologia Eco Poético pra vocês. Segue um artigo para reflexão sobre o preconceito que temos em relação à língua e como nos enganamos em acreditar que ensino da língua é igual a ensinar gramática (ver ANTUNES, BAGNO, POSSENTI, etc.).





Preconceito linguístico
um pecado (da) capital

Oi, pessoal...
Trouxe mais uma questão sobre a língua portuguesa pra nós avaliarmos.
Vocês acreditam que o preconceito mais latente em nossa sociedade não é mais o racial?! Também não tem nada a ver com homofobia... Na era do bullying, o preconceito que se prolifera nas grandes cidades é o linguístico.

Um grupo muito grande de curiosos da língua (e outros tantos profissionais das diversas áreas que não sei por que “metem o nariz onde não são chamados”) se acha “dono da língua” (e da verdade); acredita em um falar certo e em um errado, além de usar outros adjetivos pejorativos aos que considera erro: língua tosca, feia, de jeca...
Um absurdo!

Pessoas de todas as classes admitem que um falante nativo (no caso do português) fale “errado” sua própria língua. 
Como isso é possível?

Gostaria de ser esclarecida acerca do assunto, preciso que me expliquem sobre esse fenômeno, afinal estudei anos, fiz diversas pesquisas nessa área de atuação e não “esbarrei” em nenhuma “língua portuguesa errada”.

Precisamos entender que a língua EVOLUI (nunca regride ou degenera como dizem alguns desinformados preconceituosos) e com a evolução vêm as mudanças (geralmente a longo prazo). O que era ontem ecclesia passou a ser igreja; plaga > praga; sclavu > escravo[1].
Como podemos discriminar quem diga “frauta”, “pranta”, “ingrês” se por meio desse fenômeno a língua portuguesa evoluiu?

E se a história não os convenceu, pensem em um dos mais famosos escritores portugueses, considerado artista ímpar na arte de escrever, o poeta Luis de Camões, a quem até hoje os portugueses prestam sua reverência pela escrita “correta”. 
Camões, em sua imortal obra “Os Lusíadas” utilizou as mesmas palavras que acabamos de citar:[2]
“E não de agreste avena, ou FRAUTA ruda”  (canto I, verso 5)
“Era este INGRÊS potente, e militara” (canto VI, verso 47)
“Nas ilhas de Maldiva nasce a PRANTA” (canto X, verso 136)

Isso é somente uma parte do que podemos perceber de evolução, exemplos que os ignorantes no assunto não tomam para explicar a língua que vive em função de seus usuários; são os falantes que determinam o que é “normal”, o que é norma... não um livro arcaico ou uma espécie de bíblia linguística que os “dinossauros” da linguagem carregam embaixo do braço e fazem dela um livro de cabeceira.

A dinamicidade da língua é algo fabuloso e já é tempo de abrirmos a mente e entendermos o processo da linguagem antes de sairmos por aí tachando de certo e errado aquilo do qual não temos conhecimento.
E tenho dito! 








DICA DE LEITURA:
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico - o que é, como se faz. 32. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2004.







[1] O fenômeno da troca do “CL” por “CR” ou qualquer outro par assim constituído, é natural desde a transportação do latim para o português. Hoje há quem fale “frauta”, “pranta”, “ingrês”.
[2] Ler as obras de Bagno, sobretudo, a indicada acima.






Lançamento - Antologia Eco Poético





LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA ECO POÉTICO





14 de março - DIA DA POESIA - foi da data escolhida pelo ICEN - Instituto Cultural Extremo Norte - para o lançamento da ANTOLOGIA ECO POÉTICO. O evento aconteceu na Praça dos Artistas, no CENTUR, envolto a muita poesia cantada, dançada, recitada... sentida!

Parabéns ao amigo e deputado Dr. Edmilson Rodrigues pela emenda que resultou na publicação da obra; parabéns para a direção do ICEN pela iniciativa na pessoa do amável amigo Renato Gusmão; parabéns aos poetas pelo excelente trabalho e por nos presentear com a fala de suas almas.


                                                                           (poeta Fábio Castro)

E para você que visitou nosso blog, dedico um dos poemas que compõe a Antologia Eco Poético:

Gramaticamente

Estou sempre à procura de me definir, procurei nas ciências,
Na matemática... e na gramática cheguei a algumas conclusões:

Sou um hiato procurando minha ditongação
Perdido entre predicações e conjunções...
Também sou um sujeito cheio de predicados
E bem possessivo de valor afetivo
Tenho meus modos, tempos e aspectos
Uma conjugação, na maioria das vezes irregular
Mas minhas regência e concordância são sempre um caso particular
Sou singular e ao mesmo tempo plural
Uma derivação imprópria, própria de mim mesmo, pleonástica
Sou intransitivo, mas não intransigente
E nem um sujeito oculto sem pronome e ausente
Sou, na verdade, um acento intelectual!

Vivo mesmo à procura de mim,
Pois prefiro ser a estar no antônimo da vida e na homonímia da solidão,
Mas não consigo me compreender, por isso
Quero me encontrar com o Deus concreto,
Pois minha oração subordinada, a nada, por certo
Os deuses abstratos não podem ouvir

Por favor, alguém me explique, preciso entender
Ainda não encontrei de fato a definição,
Mas me falem a verdade...
GRAMÁTICA   MENTE!



Esther Braga


terça-feira, 18 de março de 2014

Adeus, Projeto Aceleração da Aprendizagem




Dedico estas palavras aos alunos - razão de ser do Projeto Aceleração da Aprendizagem e a todos os profissionais que fizeram dele um marco na Escola Augusto Montenegro: Afonso Helder Ribeiro, Alessandra Cardoso, Anderson Silva, André Nunes, Carmen Pereira, Célio Rayol, Cristóvão Albuquerque, Edilza Brasil, Fábio Pessôa, Gladys Aguiar, Jecileide Santos, Kátia Paracampos, Lúcia Pereira, Patrícia Corrêa, Rita Moura, Rosana Baia, Ruy Ferreira, Sandra Azevedo e Sultana Serrya.



“O caráter de um homem é o seu destino”

Durante esses anos, procuramos trabalhar nos alunos a conduta de um verdadeiro ser humano com suas falhas, mas pronto a reconhecê-las e a procurar saná-las com esforço e retidão.
   
Hoje, encerramos um projeto de nove anos de existência na Escola Augusto Montenegro - uma história muito mais de vitória do que de derrotas; uma linda história escrita por todos nós que se perpetuará em nossas lembranças - e coube à sua turma o fechamento com "chave de ouro".

Esperamos que cada um trilhe o bom caminho que procuramos ensinar. O companheirismo foi o nosso estandarte e todos desempenharam muito bem seu papel para o sucesso coletivo.

Esperamos que cada aluno conduza agora seu trilhar com integridade e dignidade, reconhecendo suas limitações e acreditando no seu potencial; respeitando, sobretudo, o outro... e se os obstáculos parecerem insuperáveis e as circunstâncias os induzirem à quebra de regras, retrocedam, porque mais honrado é o que dá um passo atrás para avançar três do que aquele que se atropela nas pernas e cai!
    
Que esse espírito de parceria nos conduza a administrar vitórias e derrotas, pois os que assim procedem serão os verdadeiros CAMPEÕES e conseguem vencer na batalha da vida!

Sucesso a todos!










Projeto Aceleração da Aprendizagem







Durante nove anos, na Escola Augusto Montenegro, funcionou o Projeto Aceleração da Aprendizagem. Desde 2005 estivemos "coordenando" um grupo de sete profissionais que não mediu esforços para fazer desse projeto um marco na nossa escola - e deu certo!

Com certeza, todas as pessoas que fizeram parte dele: alunos, pais, responsáveis, professores, técnicos, diretores, equipe de apoio e demais profissionais, hão de lembrar com carinho de todas as atividades desenvolvidas e do seu funcionamento, das lutas e das vitórias alcançadas... enfim, de tudo que vivemos nesses anos.





A cerimônia de encerramento aconteceu no auditório Paulo Freire da Universidade do Estado do Pará (UEPA) no dia 14 de de março de 2014, às 9 horas, com a presença do diretor da Escola, Dr. José Carlos Cardoso Martins, professores do Projeto, pais/responsáveis, alunos e funcionários da escola.






Difícil foi segurar a emoção ao saber que um Projeto como esse chega ao fim. Porém a certeza de que os frutos foram e serão colhidos nos conforta e nos faz acreditar que EDUCAR DÁ MUITO CERTO - da forma em que foi desenvolvido o ensino em nossa escola.


Até breve!  












segunda-feira, 10 de março de 2014

Dia da Mulher - Maria, Maria...




 Quão maravilhoso é ser mulher!
A nós foi dado o dom de conceber; carregamos a humanidade em nosso ventre e artistas de todas as áreas cultuam nossa beleza!
Neste dia, 8 DE MARÇO, comemoramos o dia internacional da mulher e para representar a todas, apresento-lhes Maria: agraciada  mãe de Jesus, escolhida por suas virtudes e comportamento exemplar.
Analisando a vida dessa santa mulher, imagino como sofreu carregando tão pesada cruz; acompanhou a tortura a que seu o filho amado foi submetido e toda a sua “via crucis”; foi testemunha da injustiça que o levou à morte.
Não tive o prazer de gerar filhos de meu ventre, mas gerei alguns no coração... dói saber que estão enfermos ou passando por problemas... dói muito mais em nós! Maria conhece o sofrimento de perto; viu o suplício de seu primogênito sem nada poder fazer para amenizar suas chagas...
É, portanto, nela que homenageio todas as mulheres - mães ou não. Creio que a sua figura é a mais adequada para o momento; e ser representada por ela é para nós tamanha honra, pois dentre tantas mulheres que viveram aqui, nenhuma se compara à grandiosidade de Maria.


FELIZ DIA DAS MULHERES!  








Lançamento de antologia poética




Imperdível!!!

Estamos esperando por vocês!




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Desejo...




Hoje estou romântica (risos), por isso vou postar um poema que compus esses dias, mas que parece estar aqui dentro há séculos... abri uma exceção pra vocês, ok? (risos)









DESEJO

                  

Quero a luz do teu olhar
O amparo do teu ombro
Os beijos de teus lábios
Tão ternos e delicados
Como as pétalas de uma rosa vermelha

Quero o sorrir da tua boca
O calor de tuas mãos
A sensatez de tuas palavras
Tão doces e precisas
Como a canção que mamãe me ninava

Quero ocupar contigo o mesmo espaço
Como se possível isso fosse
Dividir vitórias e fracassos
E te vencer no cansaço...
Para ser tua eternamente!






Será que a FELICIDADE existe?!


Não sei se vocês concordam, mas tenho a impressão que a felicidade é uma incógnita. Acreditamos tê-la alcançado, porém de repente ela nos escapa das mãos. 
Será então que é apenas um nome que damos para um estado de êxtase passageiro?
Será que é por isso que dizemos geralmente "Estou feliz" e não "Sou feliz"?

É um caso a se pensar... Enquanto isso... vou poetizando!






FELICIDADE




Felicidade é êxtase inalcançável
Uma procura exaustiva em busca do nada
Mas se acreditamos tê-la, é tudo!
Está aqui e nos escapa
Vem e vai com a mesma rapidez

Onde moras, felicidade?

__ Somente no coração daquele que é grato e conformado.






segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Brasilês - a nossa língua



Minha sobrinha Milla Ágata morou durante um tempo na França; sua mãe, minha irmã mais nova, vendo o progresso dela na língua francesa e preocupada com as dificuldades que pudesse vir a ter ao falar o português, perguntou se ela não havia se esquecido do idioma e ela respondeu: "Mãe, eu ainda sei falar brasilês!".  

  



Eu falo brasilês

"Nada é mais humano do que a língua que falamos"
Marcos Bagno


Cheguei à conclusão de que não falo português, pois quando digo "Te amo!" a "gramática" vem e me corrige afirmando que não se inicia frase com pronome oblíquo átono.

Se isso for verdade, ninguém vai me dar algo quando eu pedir "Me dá isso" nem pedindo por favor!, pois se trata da "mesma regra" e aí vem o pensamento de que não sei falar meu próprio idioma e de que a língua que falo não é essa dita pelas "normas".

Por outro lado, se eu for seguir a risca o que está dito (ou ditado!) vou dizer "Amo-te!" e isso soa tão falso e artificial que o "tiro sairá pela culatra", e o que é pior, meu amor jamais vai acreditar em mim...  

O que mais me impressiona é que há tantos grupos de combate ao bullying, mas as pessoas parecem alheias ao pequeno número de linguistas que luta pela não discriminação da língua; e o que é pior: os usuários cada vez mais ouvem as vozes que fazem o contrário e a marginalização aumenta acreditando-se num falar "padrão" do tempo das caravelas de Cabral...

Onde fica a variação linguística afinal?! 

Se é assim, eu falo mesmo o "brasilês", língua com a qual interajo todos os dias com brasileiros que manejam a língua com uma habilidade impressionante - sem erros (por favor!).