DICAS DA SEMANA

domingo, 16 de junho de 2019

Uma estrela que nasceu pra brilhar



ECOS DA ETERNIDADE

texto V

Não é de se admirar que os inimigos conspirem contra nós, mas às vezes aqueles que comem conosco podem se tornar perigosas iscas na rede do Maligno e nos causar danos. Jesus sofreu isso na pele e com José do Egito não foi diferente, mas uma coisa é certa, não se ofusca    

Uma estrela que nasceu pra brilhar
 

“Todos nós temos sonhos, mas aqui quero me reportar àqueles que o Todo-Poderoso sonhou para nós usando caminhos que nos parecem atalhos, mas que foram muito bem traçados por Ele.
Vivíamos em Canaã com o nosso velho pai; nosso irmão José estava no auge dos seus dezessete anos de idade, na verdade, naquela época todos éramos jovens e somente após constituir família e ter filhos, pude entender o amor do papai por José, certamente não era maior que o que sentia por nós, era apenas diferente...
O que havia era uma afinidade muito forte entre eles, afinal, meu irmão era obediente, era filho da sua velhice, foi por sua mãe que trabalhou incansavelmente para o nosso avô e, além disso, denunciava nossos erros; isso nos importunava porque não entendíamos que a verdade, apesar de doer, precisa ser dita, e como éramos mais velhos que José, não admitíamos ser censurados e corrigidos por ele... tudo isso contribuía para uma aproximação maior entre ele e o papai.  
Acontece que nós, cegados pela inconveniência, já não suportávamos o chamego dos dois, pois até  presentinho papai fazia pra ele, com isso, começamos a hostilizá-lo e a tramar algo contra ele.
Passados alguns dias, o rapazote começou a ter uns sonhos estranhos que acendeu ainda mais a nossa ira: no primeiro, o molho dele se levantava e ficava de pé no campo e os nossos o rodeavam e se inclinavam diante do dele; no outro sonho, eis que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam diante dele. Até nosso pai, que tanto o prezava, repreendeu-o por tamanha afronta... onde já se viu nossos pais e todos nós nos curvarmos diante de um meninote petulante que se fazia sonhador! E cada vez mais nossa cegueira nos fazia invejá-lo e odiá-lo como a um inimigo.
Um dia, fomos apascentar as ovelhas, nosso pai pediu a José pra ver se o rebanho e nós estávamos bem, porém nossa mente cauterizada e doentia nos fazia pensar que havia ido nos espionar e pra nós, espiões merecem a morte.
Quando descansávamos, avistamos José de longe e antes que chegasse perto, conspiramos matar o sonhador-mor e nos livrar desse estorvo em nossas vidas; nosso irmão mais velho foi mais sensato e implorou que não tirássemos sua vida porque certamente o seu sangue recairia sobre nós; então, o lançamos numa cova no deserto, pegamos a túnica de várias cores que papai havia dado pra ele e ficamos remoendo o que fazer para ‘dar cabo dele’.
Enquanto isso, surge uma caravana de ismaelitas vindo de Gileade para o Egito e tive a ideia de vendê-lo, assim nos livrávamos dele, receberíamos uma boa recompensa e não seríamos responsável pelo seu sangue. Nessa hora, Rúben veio chegando e ao ver que José já não estava mais na cova, rasgou suas vestes e se revoltou contra nós; contei-lhe o ocorrido, matamos um cabrito, tingimos a túnica de sangue para explicar a situação pra nosso pai e assim seguimos pra casa.
Vocês devem imaginar a dor do nosso velho pai ao receber a notícia! mas a ira que jazia em nós era tanta que mesmo sendo tementes a ele e a Deus vibrávamos com a história que inventamos para nos livrar de um inocente.
Papai passou dias vestido de pano de saco se lamentando e ainda que nós, seus algozes, tivéssemos a ousadia de consolá-lo depois de tudo que fizemos, ele afirmou que seu choro desceria com ele à sepultura...  
Depois disso, não soubemos mais nada de José até irmos para o Egito atrás de comida, pois a terra morria de fome e somente lá havia provisão. Nesse tempo, José governava o Egito e se fez grande entre eles, mas não sabíamos; já havia se passado muito tempo e quando o vimos, não o conhecemos, pois estava bem diferente, inclusive parecia mesmo um egípcio.
José nos reconheceu logo, mas nos tratou como a estranhos, ele era muito astuto e sábio e iria se revelar na hora certa; afirmou que éramos espias pra que voltássemos com Benjamim, seu irmão que ficou com papai, e ele pudesse nos contar toda a sua saga depois que o vendemos como uma mercadoria.
Para provar que éramos pessoas de bem, um de nós deveria ficar preso e trazer o caçula, comprovando nossa versão... enquanto isso, sentíamos o peso de termos feito mal a nosso irmão; Rúben estava irado conosco e nos acusava de não tê-lo ouvido e agora o sangue de José estava sobre nós. Simeão foi amarrado e preso e assim ficaria até que voltássemos.
Chegando em casa, contamos tudo a nosso pai e explicamos que deveríamos retornar lá com Benjamim, como papai se recusava em deixá-lo, Rúben até sugeriu que poderiam matar seus dois filhos se não tornasse a trazer o caçula são e salvo, mas não estava havendo acordo com o papai.
A fome continuava assolando a terra e quando acabou o mantimento, tivemos que retornar ao Egito; aí, novamente brigamos com o papai que relutava pra não deixar Benjamim partir conosco, mas fui incisivo me oferecendo como fiador dele se algo acontecesse, assim seria réu de crime para com meu pai para sempre... depois de muita conversa partimos.
Nosso pai preparou o mais precioso da terra como presente ao governador: bálsamo, mel, especiarias, mirra, terebinto e amêndoas, e levamos dinheiro dobrado pra pagar o que comprássemos e devolver o que haviam nos dado por engano no Egito.
Ao nos rever, quase José se revela, mas antes que isso acontecesse, fez nos levarem até sua casa, contamos o que havia acontecido com o dinheiro, por isso o trouxemos pra devolver, mas ao invés de nos prender, ele nos ofereceu um jantar e só não se assentou à mesa conosco porque é abominação pra os egípcios comer com judeus.
Depois disso, partimos novamente tranquilos porque tudo havia dado certo; Simeão estava livre e Benjamim a salvo, entretanto, José pediu pra colocarem seu copo de prata na boca do saco do caçula e quando estávamos a uma pequena distância da sua casa, seus soldados nos alcançaram e nos levaram cativos de volta dizendo que éramos ladrões.
Ficamos indignados e dissemos que aquele com quem fosse achado o roubo que morresse e os demais se tornariam escravos do governador, mas os soldados falaram que a lei pune apenas o infrator, os demais estariam livres.
Ao procurarem o copo, acharam-no no saco de Benjamim, então rasgamos nossas vestes e retornamos para implorar clemência ao governador; prostramo-nos diante dele e fomos duramente repreendidos por ele. Ainda argumentei que todos estaríamos dispostos a pagar pelo mal feito, mas ele só queria a Benjamim, o autor do roubo.
Nesse momento, fui tomado por uma força e um amor que nunca havia sentido, roguei compaixão da parte dele, contei-lhe todo o sofrimento do nosso pai pela perda de José e o quanto sofreria sem o caçula; expliquei-lhe a importância desse moço à sua velhice e como me fiz fiador dele; por fim, justifiquei que não me perdoaria se fosse culpado pela amargura do meu velho pai e propus ficar no lugar de Benjamim para não ver o mal que sobreviria a meu pai se ele não voltasse conosco.
Foi então que José, mandando sair de sua presença todos os egípcios, levantou sua voz em choro e confessou quem era. Mal pudemos acreditar, nosso irmão agora era governador do Egito e não nos imputou o pecado de o termos vendido porque sabia que tudo foi feito para que a glória de Deus se manifestasse, para conservação da vida do Seu povo e para nos ensinar grandes lições.
Os sonhos se concretizaram e agora eram claros pra nós.... 

Tudo isso me fez entender muita coisa; meu coração se redimiu e se arrependeu das maldades que fizemos em nome de um ódio sem sentido e desmedido; depois de tudo, minha alma sentia o peso dos erros, mas experimentava o anelo do perdão. 

Habitamos com nosso velho pai na terra de Gósen presenteada por Faraó e ficamos perto de José todos os anos de nossas vidas; e conforme Deus havia sonhado pra nossa família e pra José, a fome não foi sentida por nós, pois Ele nos guardou e orientou tudo perfeitamente.
A estrela que o Todo-Poderoso faz brilhar ninguém jamais apagará”.

terça-feira, 11 de junho de 2019

Presente em minha vida



A efemeridade da vida nos faz viver pensativos... 
Minha homenagem aos ANIVERSARANTES DO MÊS DE MAIO veio tardia porque estou muito assoberbada, mas minha fala hoje é baseada na reflexão contínua que faço, agradecendo por tê-los


Presentes em minha vida


Algumas pessoas não entendem o termo na sua essência e acham que pra estarmos presentes, necessariamente, precisamos estar perto; penso ser uma visão equivocada, pois a presença é muito mais que estar no mesmo lugar, o fato de estarmos conectados em pensamento ou por um sentimento mútuo é o suficiente para evidenciar a presença na vida de alguém.

O avanço da tecnologia e o acelerado caminho pelo qual enveredaram as redes sociais são uma faca de dois gumes: eles têm-nos afastado presencialmente das pessoas e têm-nos unido virtualmente quando a distância ou o tempo nos impediram de seguir caminhos juntos
De qualquer forma, presencialmente ou virtualmente, minha relação com vocês tem por base esse conceito de presença uma vez que, embora não os tenha por perto, posso senti-los e amá-los na mesma proporção dos demais que me rodeiam e que estão sempre por perto.



Assim, gostaria de agradecer a Deus por suas vidas e ratificar aqui meu amor, admiração e amizade por todos vocês; as circunstâncias nos afastam no tempo e no espaço, mas o fato de lembrar de vocês não só no mês do aniversário e tê-los sempre em minhas orações (e dentro do meu coração), é o suficiente para dizer que vocês são PRESENTES em minha vida e um grande presente do Pai para mim.

Recebam meus parabéns e meu carinho hoje e sempre.

Obrigada pela amizade, amigos!!!

PARABÉNS!!!  

sábado, 11 de maio de 2019

Agora, sou mãe...


Participando de um evento da nossa igreja, fiquei sabendo de um projeto especial de adoção, essa iniciativa me deixou extremamente feliz e orgulhosa, afinal ainda há sementes que caíram em boa terra e estão germinando o amor de Cristo e plantando esperança na vida de muitos... dessa forma, decidi fazer também a minha parte e



Quão agraciada é uma mulher que aceita abrigar em seu ventre uma nova vida, porém não menos bem-aventurada é aquela que gera um filho em seu coração.
Há algum tempo, pensava em constituir uma família e gerar filhos, inclusive entre os familiares, os amigos e os irmãos da igreja, muitos filhos gerei não só na fé, mas por meio de laços fraternos e de um imenso amor que me unia a pessoas que embora não fossem meus consanguineamente, tinham o DNA do Eterno Pai e o sangue da cruz nas suas veias. 

Mas o tempo passou e priorizei outras coisas, pois não me sentia confortável e muito menos segura para dar à luz a um ser num mundo cada vez mais degenerado pelo mal e tão espúrio.
Ainda assim, a vida foi benevolente comigo e recebi dos céus uma família linda: além de um esposo especial, compartilho o amor do meu lar com três enteados não menos especiais que o pai deles... isso preenche minha vida e me faz feliz completamente, no entanto, as bênçãos de Deus são constantes e bem maiores do que podemos imaginar (e do que merecemos), assim, mesmo me vendo tão jubilosa, resolveu me presentear com mais um membro à família.
Não tive o prazer de amamentá-lo, de carregá-lo no colo, de acompanhar seus primeiros passinhos, de enxugar suas lágrimas, de sorrir com seu sorriso... porém hoje posso dividir com ele o grande amor que nos atou em laços eternos, e nos casos de adoção ao invés do cordão umbilical se romper, como acontece no nascimento normal de uma criança, ocorre o cotrário, esse cordão liga mãe e filho numa união também eterna de amor.

Isaque, 
Quero a partir de agora acompanhar de perto teu crescimento, fazer parte da tua vida e dividir com teus pais biológicos algumas responsabilidades, sem invadir um espaço que é somente deles e respeitando os limites da minha atuação como tua mãe adotiva.
Não imaginas o regozijo da minha alma e a alegria que senti por ter me tornado tua “mãe” e por poder participar de um propósito nobre que deveria ser regra e não exceção. 

Muito obrigada, Isaque, por me dar a oportunidade de exercer uma maternidade que de tão plena não cabe em um útero muito menos dentro de um ser...
A partir de agora, estarás em todas as minhas orações e pedirei ao nosso Pai Celeste que guie os seus passos e de seus pais biológicos, que ilumine teu caminho para que sejas feliz, para que tenhas sucesso, para que se tornes uma pessoa de bem e para seres luz e sal como o foste na minha vida.

Deus te abençoe, meu filho amado... e mais uma vez muito obrigada, filho querido, agora sou mãe, também estou plantando esperança!




quinta-feira, 2 de maio de 2019

O partir do pão



Pensando no que iria fazer pra homenagear os ANIVERSARIANTES DO MÊS DE ABRIL, lembrei que esses dias muitos comemoraram a Páscoa... aí passou um filme em minha mente dos momentos que vivemos em que muitas vezes compartilharmos  


O PARTIR DO PÃO



A ceia é um dos sacramentos mais bonitos entre os cristãos e cada entidade faz a sua maneira; entre nós, adventistas da promessa, por exemplo, antes de compartilharmos o pão, realizamos a cerimônia do lava-pés. No entanto, de um modo geral, mais do que uma comemoração da liberdade do povo hebreu do Egito, essa é a celebração da humildade, da fraternidade e da liberdade espiritual.
É interessante que ao comemorar a Páscoa, Cristo quis deixar o exemplo e nos ensinar muitas lições, dentre elas a grande relevância dada pelo Pai ao relacionamento horizontal: uns com os outros, e vertical: Deus e Seu povo.
O primeiro grande ponto é o fato de um Deus compartilhar conosco o pão da vida, entregando Seu unigênito pra morrer por nós, pecadores, em demonstração do Seu amor incondicional e imensurável[1].
Já o Filho, entregou-se por nós e antes de passar por todo o suplício da cruz, fez questão de cear com seus discípulos, revelando-Se o arquétipo do amor, da humildade, da fraternidade... 

Sentar-se à mesa e dividir o pão com alguém é uma manifestação de intimidade, cuidado e afeto; ao fazer isso, Jesus dividiu conosco Sua glória e Sua morte representou a esperança de vida eterna que todos aguardávamos, uma herança deixada a quem se ama muito[2].
De igual modo, lavar os pés dos servos, fez dEle um Senhor muito maior do que qualquer outro. E se o meu Cristo, que é Deus, fez-se carne por mim, entregou-se por mim, dividiu comigo Seu reino, Sua glória, compartilhou Sua paternidade e me fez herdeiro com Ele, isso significa que Ele gostaria que eu fizesse o mesmo com vocês...

No final da ceia disse: “Fazei isto em memória de mim”[3].


Amigos,
Em minha homenagem, sintam-se com os pés lavados; também gostaria que vocês bebessem desse amor que nos fez irmãos e sentassem à mesa comigo para que eu divida com vocês o pão descido dos céus[4], pois não há comunhão sem o partir do pão; esse é o meu presente pra vocês, recebam-no! 


FELIZ ANIVERSÁRIO!!!






[1] João 3.16.
[2] Romanos 8.17.
[3] Lucas 22.19.
[4] João 6.51.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Todo dia era dia de indio



A semana foi intensa no CEFOR, e em outro momento no “Café com Formação”, recebemos o Dr. Wallace Pantoja que abordou diversos aspectos da Educação do Campo. Sua fala me intrigou bastante... e dessa conversa, entrei por uma vicinal, acabei topando com o 19 DE ABRIL e refletindo que num tempo muito remoto  

TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO
 

Nossa Amazônia é berço desse povo destemido e valente que com terra preta de índio a semeou e boa parte dela se fez... mas a virgem mata nunca mais foi a mesma depois do contato com o homem branco que até os donos da terra quis escravizar.
Abortaram-lhes os filhos e tripudiaram dela. Quanto àqueles que lhe davam amor verdadeiro, que lhe tinham respeito e que cuidavam tão bem dela, aos poucos foram sendo dizimados e expulsos do seu próprio lar com barganhas a qual batizaram de “Lei”.
Esses chacais foram se mostrando de mansinho, impondo suas crenças, valores, cultura, ideologia... como se fossem donos da verdade e seres superiores; cortaram-lhes a língua e os impediam de serem escutados, mas embora os abutres os quisessem calar, a mãe natureza grita e o silêncio desse povo ecoa pelo mundo... suas vozes não são de todo ignoradas porque ainda há ouvidos sensíveis que impedem o seu expirar.

Mas nem sempre foi assim, antes, todo dia era dia de índio, no entanto esses hematófagos, que não se dão por vencidos até sugar a última gota de sangue da presa, chegaram oferecendo presentes e vantagens de embuste, entregando espelhos pra que se enxergassem e hoje lhes levam os espelhos da alma, arrancando-lhes a identidade e os saberes...

Perdão, irmão índio, meu povo conviveu com o teu, porém não foi capaz de aprender contigo a lição do respeito, do amor, da tolerância, da dignidade... 
Perdão... 
Perdão...     




  

quinta-feira, 18 de abril de 2019

Sou um dinossauro...



No CEFOR temos uma atividade chamada de “Café com Formação”, nesta semana, a conversa foi com uma prata da casa, Esilene Reis, que falou sobre o TEA - Transtorno do Espectro Autista. No final nos perguntou o que o autismo havia nos ensinado e respondi: o autismo me ensinou que o diferente é lindo; pensando um pouco mais descobri que

SOU UM DINOSSAURO[1]...



Há muita coisa que passa despercebida por nós, mas a partir dessa conversa, certamente NUNCA MAIS serei a mesma, pois saí da era Mesozoica, alheia ao mundo diferente, mágico e lindo do autismo e me vi em pleno século XXI apaixonada pela causa azul.
Também fiquei pensativa, pois em tempos de tanta informação e de acelerada transformação via meios de comunicação e tecnologia, eu conhecia tão pouco daqueles que enxergam muito além de mim e do meu mundinho tão “preciso”, tão “exato” e tão “cheio de si”.  
No fim das contas, meu horizonte se abriu feito porta de Mary Temple Grandin e entrei, fui levada pela ventania da qual nossa amiga, Janete Borges contadora de história (convidada a fazer uma “Mística”[2] para introduzir o tema da nossa conversa), comentou e percebi que esses pequenos notáveis são mesmo uns sonhadores grãozinhos de areia do deserto que podem vir a se tornar pérolas se estimulados a acreditarem que realmente são capazes e que podem realizar seus sonhos.
Hoje sou mais uma aliada de Berenice Piana e de Paulo Paim; atravessei a porta de Grandin e entendi que nas andanças da vida as melhores escolhas são feitas por aquilo que nos afeta e por afeto.

Obrigada, amiga Esilene, por nos ter proporcionado mais que momento de aprendizado e de conhecimento, você nos deu uma verdadeira aula de vida.






[1] Em referência ao Pedro (filho da amiga Esilene) que tem verdadeira paixão pelos dinossauros e se diz um deles.
[2] Uma manifestação artístico-cultural como intervenção para abrir a discussão de um determinado tema.

sábado, 6 de abril de 2019

Valor à vida!


ANIVERSARIANTES DE MARÇO


É incrível como seres que não são humanos conseguem nos dar grandes lições de vida. No início do mês, nosso cachorrinho de estimação, o Woody, ficou bastante doente e após três dias internados veio a óbito (choro!!!), mas antes de nos deixar, reuniu forças pra se mostrar bem e se despedir... e me ensinou, dentre outras coisas, a dar

VALOR À VIDA!

                                       Fonte: https://www.pensador.com/frase/MTMwOTU1MQ/



Somos comumente impelidos a pensar no momentâneo e a viver como se sempre houvesse amanhã; às vezes deixamos de lado pequenos gestos que podem fazer toda a diferença na nossa vida e na de quem nos rodeia por diversos motivos e estamos sempre a nos desculpar... 
Cuidado, uma hora pode ser tarde demais pra se lamentar.

É por isso que hoje estou buscando forças aqui (como fez o nosso querido pet) para homenagear pessoas importantes na minha vida e que aniversariaram em março. Sei que é vão buscar palavras pra expressar o que de fato deveríamos dizer para aqueles que amamos tanto, sempre nos faltam palavras, mas embora esteja tristes e quase sem tempo, abri este espaço (como o faço todos os meses) para exprimir meu amor - esta de uma das maneiras.
Venho então mostrar o quanto sou grata a Deus pela vida de vocês e gostaria de dizer que vocês são muito importantes e que preciso valorizar ter vocês perto de mim ainda que num espaço virtual; a vida pode ter nos afastado do mesmo espaço, pode ter nos “roubado” o tempo... porém, nada disso deve ser motivo pra nos impedir de manifestar nossos sentimentos, por isso cá estou pra minha homenagem do mês.

Parabéns, amigos e amores.
Que o nosso Deus, que nos deu o maior exemplo do que é amar (porque Ele é o amor), possa guiar vocês e os abençoar grandemente... é a Ele que agradeço por mais um ano de vida que deu a vocês e por mais uma vez me dar a oportunidade de dizer o quanto os amo!


FELICIDADE!!!!




domingo, 10 de março de 2019

Seres inacabados



Há algum tempo li um livro de Savater e falei da nossa busca pela humanidade que há em nós, hoje, para homenagear os ANIVERSARIANTES DO MÊS DE FEVEREIRO, trouxe um dos pensamentos de Freire acerca de sermos

SERES INACABADOS


  Fonte:https://www.facebook.com/nova.acropole.aparecida.de.goiania/photos/a.492278737488218/1083280001721419/?type=3&theater


“Onde há vida, há inacabamento”
(Paulo Freire)

Quando me deparei com o termo pela primeira vez, confesso que tive um impacto e comecei a pensar um pouco mais sobre o assunto, mas ter o conhecimento do nosso inacabamento também me deixou extremamente feliz porque isso nos faz sempre buscar algo que embora inalcançável nesta terra é possível ser atingido numa outra dimensão.  
A certeza de nosso inacabamento ainda nos ajuda a procurar nossa completude e desperta em nós um ser dinâmico, ativo... e VIVO.
Interessante entender que a busca por esse “acabamento” é algo processual cujo aprendizado é constante e difícil; cada um aprende em seu ritmo e em tempos e espaços diferentes; além disso, o processo é ímpar e bem particular, mas, como bem aborda Saint-Exupéry, todos aprendem e ensinam nessa nossa caminhada rumo à completude.
De toda maneira, fiquemos tranquilos porque o nosso inacabamento é terreno, um dia seremos plenos e não mais humanos, mas celestes – eu creio, e vocês?!!!




Amados amigos aniversariantes do mês de fevereiro, desculpem-me a demora em homenageá-los, os contratempos me impediram, mas cá estou e gostaria de contar com vocês na busca do meu acabamento, afinal sem vocês não alcanço nem minha humanidade quanto mais minha celestialidade.
Parabéns!!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

O orgulho nos cega!

ECOS DA ETERNIDADE


texto IV


Estou um tanto ausente do Blog ultimamente por conta de afazeres e até por falta de inspiração. Tenho guardado alguns textos, refaço, revejo... mas não tenho conseguido concluir.

Hoje trago pra vocês mais um artigo da série “Ecos da Eternidade” pra refletir sobre a soberba e entender que 



O orgulho nos cega! 

                               Fonte: https://rudecruz.com/reis/naama-e-curado-da-lepra/


“Fui um grande capitão do exército da Síria. Recebi muitas homenagens pelos meus feitos heroicos e por minha dedicação e obediência ao rei. Fui um homem valoroso e destemido, temido pelos inimigos e admirado por todo o meu povo, mas um dia me vi como o mais desprezível ser da terra quando fui acometido de uma doença assustadora chamada lepra.
A partir de então, vivia cabisbaixo e já não sentia prazer em viver. Por mais que os escribas passassem horas escrevendo sobre o mais relevantes atos praticados por mim nas guerras vencidas, não via prazer em nada e queria mesmo me encontrar com a morte...

Certa manhã, uma menina, que vivia a serviço da minha esposa trazida como escrava das terras de Israel, disse a ela que havia um profeta em Samaria capaz de me curar; naquele dia, toda a minha casa se encheu de esperança, até mesmo o palácio festejou a notícia e o meu rei enviou uma carta ao rei de Israel fazendo esse pedido e entregando ao mensageiro também dez talentos de prata, seis mil siclos de ouro e dez mudas de roupas para presenteá-lo, porém quando Jorão recebeu a carta, rasgou suas vestes de temor e todo o seu reino soube que ele mesmo não cria no Deus que serviam.
Na Síria, pensamos logo em invadir e matar o rei covarde e cortar a cabeça da escravinha petulante que ousou nos enganar, no entanto, o profeta Eliseu nos dissuadiu quando disse a Jorão que me enviasse até ele, pois era homem de Deus e o Todo-Poderoso me curaria.
No mesmo instante parti com cavalos e meu carro até à casa do tal profeta, mas estranhei o fato de não ter ido pessoalmente receber um nobre capitão Sírio, homem ilustre e reverenciado como eu, ao invés disso, mandou apenas um recado por seu empregado dizendo pra eu mergulhar sete vezes no rio Jordão que receberia a cura.
Minha ira novamente se acendeu!
Como um reles israelita se recusa a vir até minha presença mandando recadinho por um subalterno pra eu me lavar naquelas águas barrentas do Jordão? É muita falta de respeito e ousadia desse profetazinho.
Por que não invocou ao seu Deus pra me cura? Por que não passou a mão sobre o lugar das feridas pra restaurar minha saúde e assim ficar livre da lepra? Além de toda essa afronta, por que não me mandou mergulhar no Abana e no Farpar em Damasco?, afinal são muito melhores do que todas as águas de Israel...
Minha indignação foi tão grande que por pouco não destruí toda aquela cidade, mas meus soldados me contiveram e retornei à minha casa inconformado e ardendo em cólera; isso tudo porque eu era um homem muito soberbo e jamais me humilharia a tal ponto de me lavar naquele rio sujo; só me dei conta do grande erro que cometeria após meus servos me aconselharem me convencendo de que o que o profeta pediu era algo tão simples e eu estava perdendo a oportunidade de ser curado por uma coisa tão banal.

Realmente minha jactância me cegava a tal ponto que não conseguia perceber o grande equívoco que faria; se porventura me pedisse pra fazer uma coisa difícil eu não daria a minha vida pra isso?
Foi então que mergulhei meu orgulho e meu corpo no Jordão conforme a palavra do homem de Deus e na mesma hora fiquei são. Daquele dia em diante, deixei toda minha vaidade ser lavada pelas águas sujas daquele rio e compreendi, quando mergulhei dentro de mim, que a minha altivez é que era imunda e o meu ser é que era vil... 
Foi preciso que meu corpo todo cheirasse mal e ficasse ferido para que a glória do Deus Altíssimo se manifestasse e fizesse nascer um novo Naamã; não só meu corpo foi curado de lepra como o meu eu ressurgiu limpo e regenerado pelo único capaz de operar tamanha maravilha.

Por me transformar de tal forma, eu erigi em minha cidade um altar a Ele e reverenciei Sua presença durante toda a minha vida; e sempre que tivesse que adorar outros deuses por conta do cargo que ocupava Lhe pedia perdão porque eu sabia que só Ele é digno de toda honra e toda glória”[1].










sábado, 2 de fevereiro de 2019

Amizade Integral




Durante o mês de janeiro, na IAP onde congrego, os sermões proferidos trataram da Igreja Integral... No CEFOR, onde trabalho como formadora, meu amigo Robertinho compartilhou conosco seus estudos com relação às Escolas Inovadoras e refletimos acerca da Educação Integral... com tudo isso, resolvi homenagear os ANIVERSARIANTES DO MÊS DE JANEIRO falando sobre


Amizade Integral

                            Fonte: https://www.mundodasmensagens.com/mensagens-amizade/



É certo que somos um todo e tudo que nos rodeia também é um todo, mas nossa visão cartesiana, pautada nas teorias de Platão e de Sócrates, fez-nos compartimentar as coisas para procurar entendê-las; por certo isso é muito importante, tanto que conseguimos avançar em todos os ramos da ciência, no entanto de certa forma isso nos desumanizou a ponto de perdemos nossa essência de inteiro, e está cada vez mais difícil juntarmos todas essas peças para dar SENTIDO à vida. 

A maneira como sistematizamos tudo e como ensinamos e aprendemos também se refletiu na nossa relação com o outro; estamos enxergando os amigos por partes como se não fossem inteiros: dotados de razão, emoção, inteligência...

O avanço da tecnologia e o acelerado caminho pelo qual enveredaram as redes sociais nos afastaram de uma amizade integral, da interação face a face em que vejo, sinto, toco... o outro. As interações se enrijeceram no barulho dos teclados e no toque dos dedos ao invés de serem sentidas nas batidas do coração e nos toques das mãos, já não são vistas pelos olhos nem proferidas pelos lábios e muitos menos expressas pela comunicação de todo o corpo...

Deixamos a integralidade da conversa presencial pela fragmentação do bate-papo virtual muitas vezes repleto de superficialidades, porém é necessário lembrar que somente juntos somos alguém e é com o fragmento de cada um que nos compomos um todo; embora não seja somente na presença do outro que aprendemos, é nessa relação que o aprendizado se dá de forma mais efetiva, eficiente e eficaz.


Gostaria de dizer que minha amizade por vocês não é apenas virtual, ainda que as circunstâncias da vida nos tenham afastados no tempo e no espaço; nas minhas orações e lembranças vocês estão sempre presentes, tanto o é que reservo sempre um momento no blog e no Facebook para homenageá-los.

Recebam meus parabéns e meu carinho nesta reflexão.

Que eu seja inteira e plena no meu  relacionamento com vocês porque os amo com toda a força do meu coração. Que nossa amizade seja integral...



PARABÉNS!!!